No ABC, segundo a mídia local, a região tem 103 candidatos a deputados federal e estadual registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aptos para disputar o pleito. Como dá para perceber, é muito candidato. Isso porque o ABC, nas eleições de 2010, elegeu quatro deputados federais, José de Filippi (PT), Vicentinho (PT), William Dib (PSDB) e Vanderlei Siraque (PT), e sete deputados estaduais, Orlando Morando (PSDB), Carlos Grana (PT), Alex Manente (PPS), Donisete Braga (PT), Ana do Carmo (PT), Vanessa Damo (PMDB) e Regina Gonçalves (PV). Mas Carlos Grana e Donisete, posteriormente, foram eleitos prefeitos de Santo André e Mauá, renunciando o mandato de deputados. Os sete municípios que formam o ABC têm 2,01 milhões de eleitores registrados. Se a maior parte do eleitorado votasse nos candidatos locais, a região poderia ter uma bancada estadual com mais de 20 deputados e na bancada federal mais de 15 deputados. Essa não é a realidade atual, pois como foi publicado acima, a região tem quatro federais e cinco estaduais, porque dois eleitos renunciaram o mandato porque foram eleitos prefeitos.
No entanto, um deputado local, para se reeleger, precisa em torno de 100 mil votos. Assim, como não é possível obter todos os votos na cidade onde vive, o candidato precisa obter em torno de 60 mil votos em seu domicílio eleitoral e buscar mais 40 mil votos em outras cidades. Como prova disso foi a votação de alguns dos atuais deputados: Morando, em São Bernardo, teve 63,0 mil votos do total de 138,3 mil votos; Alex, 68,1 mil votos na cidade onde vive do total de 114,7 mil; Ana do Carmo, 54,0 mil do total de 80,1 mil votos. Para federal, Dib 50,6 mil em S. Bernardo, do total de 113,8 mil e Vicentinho, 56,7 mil do total de 141,0. Os exemplos são de São Bernardo, que elegeu dois federais e três estaduais.
De resto o candidato, por outro lado, precisa gastar mais de R$ 5 milhões para obter os novos necessários para se eleger.