Na eleição para presidente da República, que teve modificações profundas no período eleitoral por causa do desastre com o avião que matou um candidato a presidente, o pernambucano Eduardo Campos (PSB), as pesquisas eleitorais mudavam a cada semana com a entrada da ex-ministra Marina Silva como candidata. Dias antes do pleito, a revista Veja, em sua capa, publicou a foto de Marina Silva e Aécio Neves (PSDB) enfatizando que os dois candidatos iriam disputar no domingo (5) uma cartada decisiva, pois a liderança da corrida presidencial sempre esteve com a candidata Dilma Rousseff (PT). No entanto, o escolhido pelos eleitores para disputar o segundo turno foi o ex-governador de Minas, Aécio Neves. Sobre essa situação, o jornalista Elio Gaspari, em artigo publicado na Folha de São Paulo, na quarta (8), disse que “o segundo turno é um plebiscito”, pois o eleitorado vai votar se “chega de PT, ou mais PT, esta será a escolha que o eleitorado fará daqui a três semanas”. Porém, a curiosidade maior na eleição presidencial aconteceu nas duas maiores zonas eleitorais. Em São Paulo, a mídia publicou que a votação dos eleitores paulistas fez crescer os percentuais de Aécio que, até então, estava em terceiro lugar na corrida presidencial. A diferença entre os votos de Dilma e Aécio foi alarmante, pois a própria presidente, em entrevista para a mídia, disse que “o seu diagnóstico é assim simples: em não tive voto (em São Paulo). Não tem diagnóstico mais simples e mais humilde”. Em Minas, foi ao contrário. Aécio teve menos votos em seu estado do que a atual presidente e também perdeu a eleição para governador do Estado para o PT, vencida por Fernando Pimentel, onde o PSDB permaneceu por 12 anos.
Resta saber, no segundo turno, quem vai conquistar a maior parte dos 20 milhões de votos de Marina Silva?