Montadora unifica equipes de carro e caminhão para trabalharem na mesma linha

A Ford adotou uma série de medidas para enfrentar a crise e evitar que seus funcionários sejam demitidos. Uma delas foi a otimização da mão de obra. Implantada na fábrica de São Bernardo, as equipes de produção de carros e caminhões, que antes trabalhavam independentes, a partir de agora irão  trabalhar juntas nas duas linhas em dias alternados. Com a junção das atividades, a montadora ficará com 850 funcionários excedentes, de um total de 4,5 mil.
Outra medida adotada foi um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que prevê a um programa de demissão voluntária (PDV) para 400 trabalhadores já aposentados. Os outros 450 funcionários excedentes, entrarão no lay-off, com suspensão dos contratos por inicialmente cinco meses. Neste programa, parte do salário é paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).  A prorrogação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) aprovada em assembleia pelos trabalhadores foi também outro meio de driblar a crise. O programa permite a redução de jornada e salários, cuja parte também é bancada pelo FAT.
Nos próximos três meses, os trabalhadores dos setores de carros e caminhões passarão por treinamento para atuarem nas duas linhas.  A Ford informou em nota que as medidas adotadas foram necessárias devido à queda dos volumes de vendas e produção.