Após tentativas de negociação para discutir reajuste salarial da categoria, servidores e servidoras da Prefeitura de São Bernardo deram início a uma greve, na segunda (27), que continuou, na terça (28). Nesta manhã de quarta (29), os grevistas continuam com a manifestação.

Segundo o Sindserv SBC (Sindicatos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Bernardo), a Prefeitura não apresentou sequer uma parcial de previsão de reajuste.

“Hoje a aula está sendo na rua. Hoje, amanhã e depois. Aqui nessa rede, um auxiliar de limpeza ganha R$ 900 líquido por mês, professores abaixo do piso, o maior município da região do ABC pagando abaixo do piso para os professores, um absurdo”, disse a assessoria do sindicato.

As outras categorias profissionais da Prefeitura de São Bernardo também não tiveram salários reajustados de acordo com os índices da inflação, segundo os grevistas. “O ‘grosso’ da paralisação está pegando basicamente a Educação, que é onde estão a maioria dos funcionários concursados e de carreira”, disse o representante do sindicato.

“A atual Administração não aplicou o reajuste aos servidores no ano de 2017 devido ao alto volume de dívidas a serem pagas, que superava R$ 200 milhões, incluindo contas de luz pendentes. Nos anos de 2020 e 2021 não houve reajuste em cumprimento à lei federal que congelou os salários dos servidores públicos. O texto estabelecia a compensação a estados e municípios pela perda de arrecadação provocada pela pandemia do coronavírus”, disse por meio de nota, a Prefeitura.