03 May 2024


Múltiplas estratégias de ensino vieram para ficar no Mackenzie

Publicado em Educação
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O Colégio e Universidade Presbiteriana Mackenzie realizaram diversas ações para que as aulas continuassem acontecendo durante a pandemia da Covid-19, como adaptação na infraestrutura para ensino remoto, além de fornecimento de chips de dados de internet para que os alunos pudessem ter acesso ao conteúdo. Segundo dados da Universidade, a procura por cursos à distância nos últimos anos já havia aumentado.

De acordo com Sérgio Dantas, coordenador Geral de Cursos de Graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, as aulas foram suspensas por uma semana, para que alunos e professores pudessem se adaptar e para que a instituição pudesse realizar adequações na infraestrutura. “Foi desenvolvido um programa de capacitação dos professores nas tecnologias necessárias para condução das aulas on-line e criado fóruns de discussão e suporte para os professores com mais dificuldade. Identificamos alunos com problemas financeiros que impossibilitavam seu acesso à Internet e montamos um programa de distribuição de chips de dados para esses alunos terem condições de continuar assistindo as aulas”.

Para a coordenadora da Educação Infantil e 1º ano do Colégio Presbiteriano Mackenzie, Daniela Tarjino, houve ressignificação do modo de estudar por parte dos alunos. “Diante de uma situação de pandemia que nos foi posta, enquanto sociedade, diria que houve um processo de assimilação e não aceitação, pois os alunos ressignificaram a aprendizagem, por meio do significado que os professores atribuíram às aulas e no desenvolvimento do aprendizado.” Ela afirma que a colaboração dos pais fazendo papel dos tutores, acompanhando o desenvolvimento pedagógico dos filhos, fez toda diferença na retenção desses alunos.

Já na graduação, Sérgio relata que não houve cancelamentos de matrículas além do habitual. “No processo seletivo do meio do ano passado percebemos uma ligeira queda nas inscrições dos cursos presenciais, provavelmente porque as famílias imaginavam que até o final do ano a situação voltasse ao normal e avaliaram que adiar um semestre o início do curso superior não comprometeria a formação dos seus jovens. Já nos processos seletivos do final do ano e nesse agora de meio de ano vemos dados muito próximos aos habituais pré-pandemia. Nos cursos à distância, temos percebido um aumento na procura, tendência que já vinha ocorrendo nos últimos anos e que foi potencializada com a pandemia”.

Em relação ao ensino à distância e a transformação digital no período pós-pandemia, Daniela afirma que “ensino híbrido se estabelece como ferramenta, possibilidades de ampliação e personalização do ensino”. Para Sérgio, essa questão vai muito além: “O conceito (de ensino híbrido) não se limita apenas a termos aulas sendo ministradas parte presencialmente e parte à distância, mas sim no uso de diferentes ferramentas para compor a estratégia educacional, cada uma com seu propósito. Nesse sentido, a pandemia nos levou a olhar com mais atenção para essa questão, já que a principal estratégia utilizada pelos docentes (a aula presencial, expositiva) estava impossibilitada de ocorrer”.

Os gestores concordam que o estudante, daqui para frente, será mais pesquisador e crítico. “A pandemia nos colocou o desafio de pensar nisso de imediato, acelerando essa transformação digital do ensino. Creio que os alunos vão ser muito mais críticos quanto à proposta pedagógica das aulas presenciais, pois experimentaram que, se não for algo focado na interação e nas possibilidades que estar fisicamente juntos proporcionam, pode muito bem ser substituído por aulas remotas”, finaliza Sérgio.

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