Assim, os demais pretendentes, que não estão sendo cogitados pelo Paço, procuram se articular com líderes oposicionistas, especialmente com o principal deles, Antonio de Pádua Tortorello, irmão do ex-prefeito Luiz Tortorello. Vários vereadores também esperam uma chance para lançar seus nomes, porém, não pretendem se definir tão cedo se rompem ou não com o Paço. O prefeito Auricchio, por seu turno, depois de um primeiro mandato muito elogiado, reelegeu-se com certa tranqüilidade. Tinha tudo para se tornar uma nova liderança política na cidade, substituindo os ex-prefeitos Braido e Tortorello e outros que foram mais cedo. Pipocou no segundo mandato por influência de alguns assessores, que o blindaram e com isso só tinha atenção para visitantes ilustres e políticos famosos. Parece que, agora, com a aproximação da eleição, está voltando ao seu perfil antigo. Perdeu, então, um bom tempo para fortalecer ainda mais sua liderança. O eleitor de São Caetano sempre apoiou as grandes lideranças da cidade nos últimos 30 anos, tempo que o PTB comanda a Prefeitura local. Por isso, esse fiel eleitorado, a maioria dos 150 mil eleitores, espera que o prefeito escolha um candidato confiável e com boa penetração junto ao eleitorado para que o PTB continue à frente da Prefeitura.
Mas, o prefeito vacilou em algumas ocasiões como na eleição para deputado estadual, na qual seu candidato, Alex Manente (PPS), obteve 10,0 mil votos na cidade e o outro candidato, Orlando Morando (PSDB), com apoio de três vereadores, chegou a 8,9 mil votos. Também, na recente eleição para presidente da Câmara, a equipe do prefeito, super-confiante, trabalhou outro nome, e o eleito sem apoio oficial foi o vereador Sidnei Bezerra da Silva (PSB), Sidão da Padaria.
Percebe-se, assim, que o prefeito Auricchio precisa reforçar sua assessoria para evitar que o PTB seja derrotado pela primeira vez numa sucessão municipal nos últimos 30 anos.