25 Apr 2024


Julho registra recuperação nas vendas do varejo, diz Santander

Publicado em Negócios
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Com uma alta mensal de 8,1%, após ajuste sazonal, a melhora no comércio varejista brasileiro se manteve no mês de julho. No mês anterior, em junho, o índice havia ficado em 6,3%. Setores como supermercados, móveis & eletrodomésticos e livros registraram crescimento.

Os dados são do IGet, índice do Departamento Econômico do Santander que reflete o desempenho do comércio varejista brasileiro. O indicador é medido a partir do volume de transações de pagamento em mais de 47 mil estabelecimentos que usam as máquinas de cartão da Getnet, empresa de tecnologia do Grupo Santander especializada em soluções digitais de meios de pagamentos.

Na comparação com julho de 2019, entretanto, ainda há uma queda de 3,4% na atividade do setor. Já o índice ponderado, que atribui aos desempenhos setoriais os mesmos pesos da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, também sinaliza alta mensal de 8%.

“Os dados de julho reforçam o sinal que outros indicadores divulgados até o momento têm mostrado: abril foi o pior mês para a atividade econômica, com a economia se recuperando sequencialmente desde então, mas com alguns setores ainda operando em níveis abaixo do observado no pré-crise”, afirma Lucas Maynard, economista da equipe do Departamento Econômico do Santander Brasil.

Nos modelos que utilizam como input os dados do IGet, há indicativo de que as vendas do varejo restrito, medidas pelo IBGE em julho, devem apresentar alta de 4,3% em relação a junho, após ajuste sazonal. Na comparação interanual, espera-se queda de 0,2%. Os detalhes ainda mostram que a maior parte dos setores deve seguir apresentando recuperação na margem, sendo a única exceção ‘Materiais para escritório’.

Para as vendas do varejo no conceito ampliado, que inclui os segmentos de materiais de construção e automóveis, o IGet aponta para uma alta de 4,5% em julho frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Em relação ao mesmo mês de 2019, a contração estimada é de -3,8%. Esta projeção para o varejo ampliado também utiliza outros indicadores coincidentes, como as vendas de veículos da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). 

Segundo o IGet, quase todas as categorias do varejo mostraram recuperação em julho, apenas vestuário, que até então registrava alta, ficou com queda na margem em -2,6%.

“Analisando o cenário e os percentuais de abril até julho, notamos que medidas temporárias têm tido papel importante na dinâmica do consumo. A tendência será essa velocidade de retomada apresentar moderação mais para o fim do ano”, completa Gustavo Sechin Bahia, CFO da Getnet.

Supermercados: alta de 9,6%

No conceito de varejo restrito, categoria que teve queda na margem em junho, supermercados volta a se recuperar em julho, com alta de 9,6%, assim como o segmento de móveis e eletrodomésticos que subiu também 9,6%. Livros registram alta de 59,3% e materiais para escritório, 6,7%.

Variações entre estados

Rondônia e Piauí, ambos com índice de 16,8%, são os dois estados com maior crescimento nas vendas de varejo ao mês. Já no Sudeste, São Paulo ficou com 5,5% e Rio de Janeiro, com 6,9%. No Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se destacam com um aumento nas vendas de 8% e 8.7%, respectivamente. Ficaram com déficit: Mato Grosso do Sul (-4,4%), Espírito Santo (-2%), além do Distrito Federal (-3,8%).

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