Era 6 de fevereiro de 2012, às 19h40, quando a laje do 14º pavimento do Edifício Senador, localizado na Avenida Índico nº 30, Centro de São Bernardo, desabou. O acidente ocasionou a morte de uma enfermeira e uma criança de 3 anos e deixou mais seis pessoas feridas. O prédio tinha função comercial, onde funcionavam escritórios de advocacia, clínicas de estética e dentária, cartório, comércios em geral e restaurante. O seminário promovido pelo Ibape/SP e pela Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros (FUNDABOM), na quinta (29) de abril, apresentou uma análise do caso de desabamento ocorrido no Edifício Senador. Os engenheiros Paulo Magri e Fabiana Albano apresentaram causas do desabamento. O prédio, construído em 1976 e, em 1990, foi aventada a hipótese de implantação de uma casa noturna no 13º andar. Para isso, foram feitas reformas. Durante as intervenções, com o sobrepeso dos materiais, uma viga do 14ª andar cedeu.

Foram feitos reparos e impermeabilizações na laje da cobertura, sendo a última impermeabilização feita em 2011. A falta de manutenção na laje da cobertura durante anos promoveu a corrosão das armaduras e junto com o processo de carbonatação, levou ao colapso da estrutura deste pavimento, que desabou em efeito dominó até o piso do subsolo. O emprego de vigas invertidas e de barras com pequeno diâmetro também favoreceram a corrosão da estrutura. De acordo com a engenheira Fabiana, o correto seria fazer uma nova impermeabilização na laje da cobertura junto com o devido reforço estrutural. A perícia também concluiu que os reparos feitos no local não foram acompanhados de empresa/profissional habilitado com registro no CREA/CAU.