Com crescimento expressivo durante a pandemia, o e-commerce parece ter se tornado um hábito na vida dos consumidores. No primeiro semestre de 2020, no auge da pandemia, 7,3 milhões de brasileiros compraram online pela primeira vez.

 O setor de vendas online cresceu 68% em 2020, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), terminando o ano com faturamento de R$ 126,3 bilhões, frente aos R$ 75,1 bilhões registrados em 2019. Em 2022,as vendas totais registradas no e-commerce brasileiro atingiram a marca de R$ 169,6 bilhões e revelam um crescimento de 5% em relação a 2021. A comodidade e facilidade das compras online atraíram os consumidores, que mesmo com o arrefecimento da pandemia, continuaram comprando online.

   Prova disso é o faturamento alcançado em quatro dias, de 12 a 15 de março deste ano, com promoções devido ao Dia do Consumidor, quando os lojistas online alcançaram R$ 37,4 milhões em vendas, alta de 31,2% em relação a 2022, quando o faturamento chegou a R$ 28,5 milhões no mesmo período de quatro dias. Somente no último dia (15) de março, Dia do Consumidor, os empreendedores movimentaram R$ 11,7 milhões com as vendas online, 19% a mais em relação a 2022. Os dados são do levantamento rea-lizado pela Nuvemshop.

Projeções

   De acordo com a ABComm, as compras pela internet, hoje, representam mais de 10% de todo o seguimento do varejo nacional. Para 2023, a projeção de crescimento é maior, segundo a associação.

  A expectativa gira em torno de 9,5%, podendo atingir os R$ 186 bilhões ao fim do ano. Mauricio Salvador, presidente da ABComm, explica que o baixo crescimento nas vendas do ano gera mais expectativas para 2023, mas, em um cenário marcado pelo controle da pandemia, os níveis do e-commerce devem se manter estáveis. “Apesar da digitalização crescente da sociedade global, o pós-pandemia colocou os consumidores de volta nas ruas e esse contexto deve refletir em um crescimento mais lento do setor se comparado aos anos de isolamento social”, destaca o executivo.