17 May 2024


Estado ficará na fase vermelha do Plano SP até 19 de março

Publicado em Política
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O governador João Doria anunciou, nesta quarta (03) de março, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, que o Estado de São Paulo foi reclassificado para a fase vermelha, na qual apenas é permitido o funcionamento dos serviços não essenciais em todos os 645 municípios. A fase vermelha permanecerá vigente desde sábado (6), às 00h, até sexta (19) de março.

“Vamos enfrentar as duas piores semanas, desde o início da pandemia, ontem foram 1.726 mortes no Brasil, foi o pior dia da pandemia desde março de 2020”, disse Doria.

Poderão funcionar os setores de Saúde (hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas e estabelecimentos de saúde animal); Alimentação (supermercados, hipermercados, açougues, padarias, lojas de suplemento, feiras livres, sendo vedado o consumo no local); Segurança (serviços de segurança pública e privada); Comunicação (meios de comunicação, empresas jornalísticas, etc); Construção Civil e Indústria (sem restrições); Serviços Gerais (hotéis, lavanderias, serviços de limpeza, zeladoria, serviços bancários, lotéricas, call center, assistência técnica de eletroeletrônicos, bancas de jornais e atividades religiosas); Restaurantes (permitido serviços de retirada, entrega, delivery e drive-thru), fica vedado o consumo no local; Logística (estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega,etc); Abastecimento (cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção); Educação, escolas (seguem abertas, mas com redução entre 60 % e 80% de frequência ).

“Essa é a triste realidade de um país que é comandado por um negacionista, de um país que não tem Ministério da Saúde, de um país que não tem coordenação para um programa de Saúde pública na pior crise sanitária dos últimos 100 anos, como governador tenho o compromisso da defesa da vida, saúde, e da ciência”, disse Doria.

O governador ainda se mostrou indignado com a situação caótica do Brasil frente à pandemia. “Não podemos banalizar a morte. A morte é uma dor profunda que toca todas as pessoas que têm sentimentos. Essa segunda onda da Covid atinge todo o Brasil. Em São Paulo, perdemos 500 pessoas por dia, só ontem foram 468 pessoas mortas, um recorde desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, a central de regulamentação de vagas da Secretaria de Saúde do Estado recebeu 901 pedidos para internação e leitos de UTI e enfermaria. Na prática, quer dizer que São Paulo encaminhou 1 paciente de Covid-19 a cada 2 minutos, internados em hospitais públicos ou particulares de São Paulo”, disse.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, endossou a preocupação: “o momento é de união, de todos os estados pela vida. O negacionismo está matando a população. Demos essas 48 horas para planejamento e os municípios se prepararem para essa nova reclassificação”.

 Doria ainda fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro: “parte dessa tragédia se dá pela falta de coordenação, liderança, a falta de hombridade, de seriedade, de responsabilidade, uma tragédia para o Brasil, diante de uma pandemia, ter um presidente da República, que é negacionista, que despreza a vida, que ofende a existência. Triste Brasil que tem que suportar alguém com esse comportamento”. E fez um apelo: “estamos a beira a beira de um colapso na saúde em São Paulo e no País, isso exige medidas urgentes, coletivas, e exige também a insensibilidade daqueles que preferiram praticar o negacionismo, fazer aglomerações,  promover festividades, não usar máscaras, ridicularizar aqueles que se protegem. Não é só um problema de um governo negacionista, é de parte da população que nega a existência do vírus”.

ESCOLAS- De acordo com o secretário de Educação, Rossieli Soares, a decisão de mandar ou não os alunos para as escolas caberá aos pais, junto com os coordenadores das escolas, mas a recomendação é a prioridade para os alunos que estejam em processo de alfabetização, independente de a criança estar matriculada na rede pública ou privada.

Participaram da coletiva os secretários estaduais, de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn; Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi; o coordenador e o secretário-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, respectivamente, Paulo Menezes e João Gabbardo dos Reis, além dos integrantes do Centro, Carlos Carvalho e Helena Sato. Também participaram, a coordenadora do de Controle de Doenças do Estado, Regiane de Paula e o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

BOLETIM-  Gorinchteyn também atualizou o número de casos no Estado:

- 2.068.616 casos confirmados

- 60.381 óbitos

- 7.451 pacientes internados em UTI

- 8.968 pacientes internados em enfermaria

A taxa de ocupação dos leitos de UTIs no Estado é 75,3% e na Grande São Paulo de 76,7%.

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