01 May 2024


Clovis Volpi: “Este é o mandato com o maior número de realizações”

Publicado em Política
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), concedeu entrevista exclusiva à Folha, em seu gabinete. Na ocasião, Volpi revelou como conseguiu equacionar a dívida de R$ 239 milhões deixada pela administração anterior e, assim, recuperar a capacidade de investimentos na cidade. Ainda revelou detalhes sobre o novo pacote de obras do município, no valor de R$ 118 milhões. Confira.

Folha do ABC - O sr. está no segundo ano do terceiro mandato como prefeito de Ribeirão Pires. Qual avaliação que faz, o atual mandato é o melhor?

Clovis Volpi - Talvez seja o mandato de maior realização, mas o que mais me incentivou foi o meu primeiro mandato. Tivemos que fazer uma ruptura muito grande, que foi a passagem de um gover­no de oito anos do PT, para o nos­so governo. Aquele período, de 2005 até 2010, foi um período de alto crescimento do país, da eco­nomia. Então, pudemos planejar muito bem o desenvolvimento da cidade. Só havia previsões de crescimento, foi um período de sete anos, pelo menos, de vacas gordas. Planejamos bem. Aquele foi o mandato mais interessante.

Agora, este é o mandato de mais experiência, mas também é o mandato com o maior número de realizações. A cidade vem se desenvolvendo muito, vem crescendo muito, apesar da economia não ser tão boa quanto era. O relacionamento de Ribeirão Pires, através da nossa classe política, com o Governo do Estado, sempre foi muito bom e eles contemplaram Ribeirão Pires com um número significativo de recursos de obras, que chamo de grandes obras, aquelas que são necessárias de serem feitas e que só precisarão ser observadas depois de 50 anos. Então, este é o mandato de mais realizações. Mas, o que mais me incentivou mesmo foi o primeiro mandato.

Folha - O sr. assumiu a cidade com mais de R$ 80 milhões de restos a pagar, pandemia. Agora, rumo ao pós-pandemia, como está a saúde financeira de Ribeirão?

 Volpi - A dívida total orçada é de R$ 239 milhões. O valor de R$ 84 milhões é de restos a pagar e deste total, R$ 45 milhões com o IMPRERP (Instituto Municipal de Previdência de Ribeirão Pires), que é responsável por conseguirmos as certidões negativas que possibilitaram firmarmos convênios. Então, regularizamos. Não é que resolvemos o problema financeiro da cidade, mas equacionamos a cidade. O pagamento mesmo destes R$ 239 milhões e na parte jurídica e de restos a pagar na ordem de R$ 56 milhões. A cidade vai levar 20 anos para efetuar o pagamento dessas dívidas herdadas por nós. Mas, ela está equacionada. Sabemos o que teremos que fazer nos próximos 20 anos. Se não houver nenhuma besteira no meio do caminho, ela se extinguirá por quatro, cinco prefeitos.

Folha - Ribeirão Pires foi classificada como a 5ª melhor cidade de médio porte na categoria Responsabilidade Social, e está entre as 50 melhores cidades do Brasil. Quais os novos investimentos que têm sido realizados que possibilitaram essas conquistas?

Volpi - O que possibilitou fazermos ajustes foi equacionar as finanças. Sabíamos que precisaríamos nos equacionar. Uma vez equacionado o nosso índice de avaliação de pagamentos saiu da letra C, que é a última letra de avaliação do governo federal, para a letra A. A partir daí, começamos a poder fazer investimentos.

Esses investimentos estão muito ligados à Saúde porque, hoje, pode parecer surpresa, mas há seis meses que, nas redes sociais, não temos críticas à administração da Saúde, o que é um fato inédito. Então, o foco principal nosso foi a área da Saúde, principalmente com a pandemia. Isso é o que deu e tem dado o nos­sos índices bons, mas estar clas­sificado entre as 50 melhores, inclui Educação, Segurança, e outros itens que são excelentes. A nossa qualidade de vida é muito boa.

Folha- Além dessas, quais áreas de maior destaque no município, na sua avaliação, e por quê?

Volpi - As áreas de maior destaque, em pesquisas feitas por nós, é a Educação. O índice de avaliação de Educação é altíssimo para serviço público. A Educação, nos nossos dois outros mandatos, também foi excelente. Nos dois outros mandatos seguintes, os dirigentes não tinham a habilidade e o conhecimento necessário e nem quiseram dar continuidade àqueles programas. Modificaram os programas. Isso criou um desastre no sistema pedagógico.

Se houve alguma coisa boa nos dois últimos governos, mantivemos. O que foi ruim nós retiramos e retomamos aquilo que nós fazíamos no passado. Então, recontratamos o Instituto Ayrton Senna, temos uma fiscalização das nossas ações pedagógicas, seguimos um rito que facilita o trabalho do professor. Essa área está recebendo bastante inves­timento. Temos o terceiro professor em sala de aula, fizemos inúmeras inovações, estamos nos preparando para o ensino híbrido, estamos treinando professores. O trabalho que foi feito na Educação, de atendimento às crianças no período da pandemia é extremamente sério, desde a manutenção alimentar na casa das crianças. Recebemos os alunos totalmente danificados no conhecimento, pós-pandemia, então fizemos um planejamento e superamos. Foram alfabetizados muito antes do prazo que havíamos programado. Mas, pela intensificação do trabalho feito dentro da sala de aula. Criamos um departamento específico para atendimento das famílias com psicólogos, com apoio psicossocial. Fomos uma das primeiras cidades a criar um departamento para isso.

A secretaria de Meio-Ambiente foi incorporada com a da Habitação e Desenvolvimento Urbano. Isso significa que você diminuiu a burocracia em áreas análogas. Na área social, entregamos 700 títulos de propriedade. Vamos chegar até dezembro com 1,2 mil títulos de propriedades. As pessoas recebem as suas escrituras totalmente pagas pela Prefeitura e depois elas tocam a manutenção da casa delas.

Mas isso deu um ganho muito grande. Nós criamos o Departamento de Proteção da Fauna Silvestre e Bem-Estar Animal (DPFauna). Temos animais silvestres. Quan­do foi implementado o Rodoanel, dividiu-se o pedaço da Mata Atlântica e eles passaram a não ter mais alimentos, vieram para as áreas urbanas. Então, isso criou um impacto muito grande. Temos vários tipos de animais que precisam, de certa forma, de atendimento. Então, criei um departamento, com biólogos, veterinários. Todo dia tem resgate. Também ampliamos o desconto no IPTU de áreas verdes. Já existia no meu outro mandato. Temos também descontos no IPTU, para quem fizer e tiver consumo de energia elétrica diminuído.

Folha - Quais obras estão previstas neste novo pacote, que terá investimento de R$ 118 milhões?

Volpi - Iremos construir um viaduto, porque temos o centro alto e o centro baixo. O centro baixo evolui e o centro alto não evolui comercialmente. Temos nas duas extremidades da cidade o acesso e o acesso do meio. E o centro-baixo está expandindo rumo a Ouro Fino Paulista. Precisaríamos de uma ligação intermediária, também para quem vem de San­to André, de Rio Grande da Serra. Então, o acesso tem que ser facilitado. Vamos aliviar o trânsito no final de tarde.

Vamos licitar o ginásio de esportes, com capacidade para atender 2,5 mil pessoas, que será construído no Parque Aliança, onde temos o estádio com campo de futebol. Vamos investir em asfalto, no programa “Nossas Ruas”, com recursos que obtivemos R$ 37 milhões.

Recuperação da parte histórica, turística da cidade, morro Santo Antônio, Morro São José, Vila do Doce. Estaremos investindo R$ 8 milhões. Depois, temos UBSs que estamos reformando, praças que estamos fazendo, escolas que estamos recuperando. No total são R$ 118 milhões em investimentos e autorizações. As obras do viaduto irão durar 2 anos e meio e o asfaltamento, terminaremos até o meio do ano que vem.

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