04 May 2024

Publicado em Política
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Na quinta (8), cidades festejam aniversário, coincidência vem da política de multiplicação de municípios da década de 1950

Diadema e Mauá irão celebrar aniversário, na mesma data, quinta (8), e completarão, respectivamente, 63 anos e 68 anos. Os prefeitos José de Filippi Júnior (Diadema) e Marcelo Oliveira (Mauá), concederam entrevistas exclusivas à Folha. Filippi afirmou que uma das marcas de seu governo é a coesão do time, com uma equipe qualificada e engajada em fazer Diadema um lugar melhor para viver.  Já Marcelo disse que as sementes do bom trabalho realizado ao longo de 2021, começaram a germinar, com a instalação de um mamógrafo no Hospital Nardini, o que permitiu este ano, zerar a fila para mamografias na cidade. Entre os maiores destaques do governo está o programa “Mais Por Mauá”, com investimentos de mais de R$ 500 milhões em obras, ações sociais e serviços, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos mauaenses. Ambos os prefeitos comentaram sobre a expectativa em relação a projetos e investimentos com o retorno do PT ao comando do governo federal, no próximo ano, com o presidente eleito, Lula.

 

José Di Filippe Júnior, prefeito de Diadema 

Folha do ABC - O sr. está no seu quarto mandato como prefeito de Diadema. Comparado aos demais, é o melhor, o momento de mais realizações?

José de Filippi Júnior - Cada mandato teve um desafio diferente. No meu primeiro mandato, Diadema estava em transformação. Dos dois seguintes, outros desafios se apresentaram. Agora, chegamos à Prefeitura no meio de uma pandemia, um desafio enorme. Diadema se transformou muito desde meu primeiro mandato e novas necessidades vão surgindo. O que me alegra é saber que nosso governo tem trabalhado muito para fazer de Diadema um lugar ainda melhor para se viver. Temos o Quarteirão da Educação em construção, estamos reformando todas as 20 UBSs da cidade, iniciamos um plano de recapeamento em diversas ruas, construímos ciclofaixas, vamos reativar a central de video-monitoramento, reformamos o Centro POP para acolher pessoas em situação de rua. Ou seja, são muitas as realizações e muitas outras virão porque este governo tem uma característica que eu considero essencial: ouvir a população. Todos os programas e projetos são desenhados ouvindo nossa gente. Costumo falar que ouvir a população é o melhor jeito de governar, você reduz a margem de erro e aumenta muito o índice de acerto.

 

Folha - Quais os expoentes desses quase dois últimos anos de governo? O que ainda está por vir?

Filippi - Uma das marcas deste governo é a coesão do time. Temos uma equipe qualificada tecnicamente e engajada em fazer de Diadema um lugar melhor para morar, para trabalhar, para ter seu lazer, estudar. Queremos sempre valorizar um sentimento que o diademense tem muito, que é o de pertencimento à cidade. Sabemos dos desafios que a cidade nos apresenta e temos trabalhado diariamente para encontrar soluções. E quando falo de desafios também me refiro ao relacionamento entre as pessoas. Somos o único município do ABCD a ter coordenadorias de valorização da mulher, de combate ao racismo e empoderamento do povo negro e de políticas públicas para a população LGBTQIA+. São políticas públicas de inclusão, para construir uma Diadema para todos.

 

Folha - Em 2021, o PT voltou ao poder no 1º município conquistado pelo partido em 1982. Também é o 7º do partido na cidade, que também foi administrada por Mário Reali (2009-2012), José Augusto da Silva Ramos (1989-1992) e Gilson Correia de Menezes (1983-1988). Como avalia o legado petista para Diadema?

Filippi - O PT fez muito por Diadema e a cidade sabe disso. A prova mais recente foi vista nas últimas eleições. Diadema foi, entre os grandes municípios do Estado de São Paulo, aquele que deu a maior votação ao presidente Lula e ao Fernando Haddad, com 60% dos votos. Antes do PT, havia na cidade uma máxima que a Prefeitura só sabia investir recursos no Centro. O PT inverteu essa lógica, incluiu a população no orçamento e, mais do que isso, construiu o orçamento junto com a população. Reurbanizamos núcleos habitacionais, construímos escolas, unidades de saúde, o Quarteirão da Saúde, pavimentamos ruas da periferia. Diadema foi e segue sendo um laboratório de políticas públicas sociais. Não à toa que exportou quadros importantes para o Governo Federal nas administrações do PT. E vamos seguir o caminho de transformação da cidade.

 

Folha - O PT voltará ao comando do governo federal, no próximo ano, com o presidente eleito, Lula. Qual a expectativa do senhor no que tange aos projetos e investimentos para o município?

Filippi - O presidente Lula é um presidente amigo dos prefeitos. Em seus governos, os municípios tiveram grande interlocução com o Governo Federal, puderam apresentar suas propostas, discutir projetos, debater as questões financeiras. Isso se perdeu nos últimos quatro anos. A expectativa é de retomar essa relação, e sei que vai retomar. Em vários discursos, o presidente Lula enalteceu o papel dos prefeitos, a força dos municípios e disse que irá dialogar diretamente com as cidades. Nisso, a recriação do Ministério das Cidades, que deve voltar, é essencial. Sabemos os desafios que o presidente Lula vai enfrentar, de reconstruir o Brasil, e temos a certeza que o olhar atento aos municípios é um dos pilares das ações do futuro governo para reconduzir o Brasil para um caminho da esperança, de paz e de prosperidade.

 

Folha - Qual o presente que o sr. gostaria de dar para os munícipes neste aniversário de 63 anos de Diadema?

Filippi - Eu acordo todos os dias disposto a fazer diferença na vida das pessoas. Esse é o compromisso que me motiva desde que conheci Diadema e me apaixonei pela cidade. Pra mim, Diadema é um retrato do Brasil, e ver essa mudança acontecendo aqui me faz acreditar que o nosso país tem inúmeras possibilidades de ser melhor. Investir nas pessoas e no seu povo hoje é presentear as gerações futuras.

 

 

Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá 

Folha do ABC - O sr. está no seu primeiro mandato como prefeito de Mauá. Quais os expoentes desses quase dois anos de governo? O que ainda está por vir?

 

Marcelo Oliveira - Quando assumimos, nós tínhamos dois grandes desafios: a reconstrução da cidade e o enfrentamento da pandemia da Covid, que veio na sua onda mais grave. Ao mesmo tempo que trabalhamos na reestruturação da máquina pública, precisamos de maneira emergencial, ampliar a disponibilização de leitos hospitalares em 253%, em números nunca vistos na história da cidade. Realizamos todas as ações possíveis e imagináveis para ofertar vacina para a população. Abrimos postos para aplicação de imunizantes aos finais de semana, em mercados, tenda no centro da cidade, estação de trem, carro da vacina percorrendo bairros e promovemos o Arraiá da Vacinação, onde foram vacinadas quase 10.500 pessoas em 12 horas.

As sementes do bom trabalho realizado ao longo de 2021, começaram a germinar. No final do ano conseguimos a instalação de um mamógrafo no Hospital Nardini e, já neste ano, conseguimos zerar a fila para mamografias em Mauá. Hoje, quando a mulher vai à UBS passar com o médico, já sai com o exame marcado.

Outros resultados estão surgindo, por exemplo, a nossa maior capacidade de organização para elaborar projetos e investir na cidade. Por isso lançamos o “Mais Por Mauá”, onde vamos aplicar R$ 500 milhões em obras, ações sociais e serviços, que já começaram, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos mauaenses.

 

Folha - O sr. recebeu o município com dívida a curto prazo de R$ 165 milhões e consolidada de R$ 1,4 bilhão. Já foi possível equacioná-las?

Marcelo - Realmente a situação era muito precária. O antigo governo não pagou o que era devido para a Fundação ABC em dezembro de 2020, esse valor ficou para a nossa gestão pagar. Em janeiro de 2021, precisamos pagar R$ 30 milhões, pois era metade que ficou de um mês e a outra metade referente ao primeiro mês de nosso mandato.

Assim que assumimos nomeamos pessoas de perfil técnico de grande capacidade. Em seguida cortamos 30% dos contratos com fornecedores e montamos um comitê emergencial para analisar as dívidas de curto e negociar esses valores com as empresas. Isso fez com que saíssemos da nota C -, no Capag (registro emitido pelo Tesouro Nacional), para a nota B e seguimos trabalhando para melhorar ainda mais.

 

Folha - Em 2021, o PT voltou ao comando da cidade após as gestões do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT), que governou Mauá por três vezes, entre 1997 a 2000, 2001 a 2004 e de 2009 a 2012. Como a sua administração tem somado junto ao legado petista em Mauá?

Marcelo - O PT tem um ótimo histórico de bons trabalhos à frente da Prefeitura de Mauá, principalmente nas gestões do professor Oswaldo Dias. Foram grandes momentos de desenvolvimento econômico e social do município. Da mesma forma que ele encontrou a cidade em situação financeira complicada pôde, com criatividade, encontrar de maneiras de implementar políticas públicas que até hoje são referências como os investimentos na região central da cidade, a chegada do Rodoanel, a estruturação dos condomínios industriais e ao plano de saneamento, que hoje é um dos mais exitosos do país. É com esse pensamento que chegamos em 2021. Trabalhar todos os dias para encontrarmos maneiras de transformar a qualidade de vida das pessoas.

 

Folha - O PT voltará ao comando do governo federal, no próximo ano, com o presidente eleito, Lula. Qual a expectativa do sr. no que tange aos projetos e investimentos para o município?

Marcelo - A expectativa é a melhor possível. Precisamos ver o país voltar à normalidade. Acreditamos muito que esse novo governo vai transformar para melhor, a vida dos brasileiros. No que se refere a Mauá, temos vários projetos travados junto ao Governo Federal, como as obras dos terminais, para as encostas e proteção de áreas de risco, projetos habitacionais. Nossa esperança é conseguirmos o mais rápido possível destravar o andamento dessas ações.

 

Folha - Qual o presente que o sr. gostaria de dar aos munícipes neste aniversário de 68 anos de Mauá?

Marcelo - Meu objetivo é, com certeza, trabalhar muito para transformar a vida das pessoas. Esses dias estive na Estrada do Regalado, onde iniciamos a obra de pavimentação da via. Presenciei a comunidade pintando, com as cores do Brasil, onde já tem o novo piso, para torcerem na Copa do Mundo. É um exemplo simbólico, mas deixa claro que essas melhorias e mudanças de perspectiva de uma cidade abandonada, para um local que tem gestão e cuidado com as pessoas, precisam ser uma constante. O povo de Mauá merece uma cidade mais moderna, humana, inclusiva e trabalhamos todos os dias com esse objetivo.

 

Última modificação em Sábado, 03 Dezembro 2022 10:09
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