Fotos manipuladas, posts com informações falsas, “notícias” repletas de fake news. A desinformação é um desafio para toda a sociedade, mas em realidades permeadas por conflitos bélicos, ela pode ter um papel ainda mais devastador, aprofundando tensões, divisões e incitando violência. E é nas redes sociais onde acontece a maior parte deste tipo de divulgação.

A Escola de Comunicação, Mídia e Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV ECMI) promove o evento “Desinformação, fake news e ativismo digital em conflitos: o caso da Ucrânia”, nesta terça (21), às 14h, para debater o tema. A ativista, jornalista e pesquisadora ucraniana Margo Gontar é uma das participantes da mesa, que conta também com Yasmin Curzi, professora da FGV Direito Rio, a pesquisadora Sabrina Almeida, da FGV ECMI e mediação da jornalista Lilian Ribeiro, da TV Globo.

Como a desinformação influencia o conflito no país europeu, a falta de mecanismos rigorosos de verificação de fatos no mundo digital e o papel dos veículos de comunicação nesse cenário são alguns dos assuntos que serão abordados. O evento será no auditório da FGV, na Praia de Botafogo, 190, 12º andar, no Rio de Janeiro, com tradução simultânea e transmissão online.

Margo Gontar é uma jornalista ucraniana com mais de 15 anos de experiência em mídia e mais de 50 mil de audiência nas redes sociais, onde compartilha notícias sobre a Ucrânia e a invasão russa.

Trabalhou e contribuiu para vários meios de comunicação ucranianos e internacionais, incluindo a Voice of America em Washington, D.C. Ela foi cofundadora do projeto pioneiro da Ucrânia StopFake que combate a desinformação russa e notícias falsas e lançou o projeto 7,62 - um esforço de monitoramento OSINT, que seguiu a movimentação das forças militares russas com o objetivo de informar ao pública onde as tropas se encontravam.

Agora, está focada em manter a atenção do mundo na invasão que a Rússia lançou contra a Ucrânia e em pesquisar as ferramentas que utiliza, incluindo a desinformação e as redes sociais.