Rafael Marques é reeleito presidente com 91,7% dos votos
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, foi reeleito, na última semana, com 91,7% dos votos válidos e permanecerá à frente da entidade pelos próximos três anos. Também foram eleitos os integrantes do Conselho da Direção Executiva e do Conselho Fiscal do Sindicato.
Como foi realizado o trabalho frente à direção do Sindicato ao longo desses anos do último mandato? Quais as principais conquistas? Faltou algo?
Rafael Marques - Foram muitas as conquistas alcançadas nos últimos anos e com certeza há ainda muitos desafios. Atuamos bastante junto às instâncias de governo na luta pela implementação de medidas fundamentais para os trabalhadores e colhemos resultados muito positivos. Um exemplo foi o novo regime automotivo – o Inovar Auto – que ajuda a promover a competitividade da indústria automotiva nacional.
Outras medidas ainda precisam ser implantadas para que toda a cadeia automotiva seja beneficiada, em especial o setor de autopeças, o que é um dos desafios a serem enfrentados. A inauguração da Escola Livre para Formação “Dona Lindu”, para oferecer qualificação profissional aos trabalhadores e seus filhos, e da TVT – a TV dos Trabalhadores, também foram marcos importantíssimos.
Nos próximos três anos, quais serão as prioridades para os metalúrgicos? Haverá algum projeto ou ação principal?Nossa prioridade é sempre a manutenção dos empregos, a preservação dos direitos do trabalhador, a melhoria da sua qualidade de vida. Sempre voltados para esse objetivo, definimos quatro eixos que deverão nortear as ações da nova diretoria – Trabalho, Cidadania, Educação e Comunicação. O trabalho é um eixo fundamental, é a partir dele que nós nos organizamos. A luta por cidadania também é essencial, pois os as questões que interferem na vida do trabalhador ultrapassam os muros da fábrica e o Sindicato precisa atuar nas diversas esferas, sem fronteiras. Na área da educação, vamos continuar defendendo e agindo fortemente no campo da formação integral e da qualificação profissional do trabalhador. E a comunicação é um dos maiores desafios do país. Lutamos por uma comunicação democrática, em que os diversos setores representativos da sociedade tenham voz, sejam movimentos sociais, trabalhadores, organizações, etc.