06 May 2024

A melhor juventude

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Com esse titulo "La meglio gioventu" o cronista Contardo Calligaris escreve na Folha de S.Paulo sobre o filme do mesmo nome, que elogia. É o cântico dos alpinos, dos "partigiani" em marcha para a guerra em 1944 e 1945, soldados resistentes que foram para baixo da terra, e tinham 20 anos no fim da década de 1960. A partir daí ele nos fala desse tempo da penúltima geração sem celular e de outras que vieram depois com a liberdade de ter que se virar. Acrescenta que "depois disso, as crianças passaram a crescer num mundo acovardado em que todos aceitam serem constantemente controlados em troca da sensação de que, graças ao celular, sempre dará para pedir socorro". Estávamos para acumular um patrimônio comum que nos permitiria um dia ler um manuscrito medieval junto com um amigo. Sem esse patrimônio a vida é infinitamente mais chata, menos complexa, diversa e bela - diz a protagonista do filme. "A cultura não evita que a gente tome as piores decisões". Em 1940 um tenente da divisão Júlia, antes de embarcar para a Grécia, passou a  noite recitando líricos gregos. Ele foi morto no primeiro combate e meu pai dizia que ele preferia ser morto a ter que invadir  a Grécia. E lamenta Calligaris que "continuamos num mundo corrupto, vivendo uma história que nos escapa. Mas, nos interstícios de infindáveis ignorâncias e ambições sórdidas, sempre é possível inventar vidas que valham a pena".
Esse, o lamento do cronista em torno das lembranças que lhe trazem o filme da "Melhor Juventude".
Lembra de um  mundo em que  jovens universitários preparam-se para um exame e que os quatro filhos de uma família sem maiores recursos podiam estudar e diz que ele e tantos outros pertencem a uma geração e ouviam esta sentença: senta a bunda e estuda porque com o conhecimento sua vida será mais interessante.
E pensar, digo eu, que vivemos num país em que o estudo existe e é possível para uns poucos, a grande maioria de brasileiros vivendo ao deus dará, à espera de oportunidades que nunca chegam.  E,  por isso mesmo,  ainda é difícil para nós  depararmo-nos com  essa tão sonhada oportunidade da qual está distante mais de uma geração desesperançada de viver melhores dias. Para nós brasileiros a tão sonhada "melhor juventude" ainda está por vir para tantos - o que é triste.  

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Nós aqui no ABC ainda podemos abrir uma torneira e o precioso líquido flui para nossas mãos, mas ficamos condoídos ao ver cidades dependendo dos caminhões pipa para terem alguns litros de água em suas casas.
No estado do Rio a falta de água está numa situação calamitosa
Acompanhamos os noticiários em geral, o sofrimento da população sem poder tomar um banho, lavar louças e roupas, etc. Pagam normalmente suas contar de água, mas para beber e fazer a comida tem que comprar água engarrafada. Banho?
Assim vou repetir algumas frases que escrevi no passado.
Vi na TV um rapaz que adaptou um controle ao chuveiro que depois de cinco minutos ligado, desliga a eletricidade começando a esfriar. Um aviso de que é hora de fechar a água. Iniciativa boa e inteligente.
Tive uma amiga que tinha um filho com transtorno compulsivo, que gastava um sabonete em cada banho. Só assim se considerava limpo. Ela então comprava pequenos sabonetes, mas ele ficava no banho em torno de uma hora. Quanto desperdício! (e a pele? Uma secura!)
Em 1990 estive com a amiga Juraci na casa de um casal de amigos, Charys e John, na cidade de Santa Barbara na Califórnia, USA. Na época faltava água nesse local (até hoje falta). Como na casa moravam duas pessoas, eles tinham certo número de litros de água por mês para gastar. Se ultrapassasse, uma multa seria cobrada. O marido trabalhava na NASA e ficava fora da segunda até a sexta-feira. Assim sobrou um pouco de água para nós. O sifão das pias dos banheiros foi retirado e um balde colocado em baixo para reter a água para ser usada nos vasos sanitários. Na hora do banho, na banheira tinha uma bacia em que ficávamos com os pés dentro. Uma caneca servia para nos molharmos e outra para nos enxaguarmos. (Charys e John eram surdos, e não perceberam que tomávamos banho de caneca.) Na cozinha, as duas cubas da pia tinham dentro recipientes plásticos. No primeiro dia ao irmos lavar a louça a Charys nos chamou a atenção quanto ao acumulo do detergente na esponja. Depois de passar um papel toalha nos pratos, ensinou-nos a colocar três gotas do detergente na água, pois ele era biodegradável. Em seguida mergulhávamos a louça passando a esponja nessa cuba em seguida, na outra com água limpa e colocávamos no escorredor. A água mais suja era colocada sobre as plantas do quintal onde a grama estava seca. A outra seria usada na lavagem da próxima louça. Sei lá se eles tomavam banho todos os dias, mas percebi que no fim de semana era dia de estar com a cabeça lavada. O marido chegava e a roupa ia ser lavada. A água da máquina era usada para lavar o carro, a garagem, e escorrendo para o gramado e molhando mais plantas. Como andamos por outras cidades da Califórnia, aproveitamos para bons banhos em outros locais onde não havia a falta do líquido. Eles se preocupavam e muito em economizar a água para continuarem a ter alguma nos dias posteriores.
Vocês imaginam isso no Brasil? Vemos pessoas lavando seus carros, calçadas, ficando com as mangueiras com a água sendo desperdiçada por horas seguidas.
A chuva voltou e veio mais forte que nunca. Meus amigos cariocas estão desanimados com o tipo de água que lhes chega. Falta de saneamento. Sempre digo ao meu neto que mais lava a louça: Pouco detergente! Os rios vão sofrer. E estão sofrendo. Peixes mortos aos milhares, pescadores sem trabalho… muito triste.
A terra é formada por inúmeros minerais, alguns com preços astronômicos. Mas se nos faltar água, nos falta a vida.
Quem se lembra do filme Mad Maxi? Com Mel Gibson e Tina Turner? Será esse o futuro da humanidade?
Um abraço, Didi

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O Giorno Del Ricordo se trata de uma solenidade civil nacional italiana, celebrada todo dia dez de fevereiro, instituída pela “Legge nº 92 – 30 Marzo 2004”, do Parlamento Italiano, em memória às vítimas que foram covardemente assassinadas pelo modo conhecido como foibamento. Tal comemoração, sempre realizada sob forte comoção e ainda com muitos episódios de contestações por parte de familiares dos mortos e de entidades representativas das vítimas, visa conservar e  relembrar a memória dos mártires  italianos massacrados pelo genocídio ocorrido por ocasião da Segunda Guerra Mundial. A Itália não quer apagar e muito menos esquecer  as terríveis consequências desse grave episódio, cujas páginas são consideradas as mais tristes vividas pelo povo italiano. O sofrimento que foi infligido àquelas minorias na era do fascismo e da segunda guerra mundial, tem o profundo sentimento de revolta e inconformismo pela imposição de extrema crueldade com a aplicação dos assassinatos sem limites e de maneira mais cruel que se possa imaginar. O acontecimento foi isolado e regional sem interferência ou qualquer outra motivação direta do conflito mundial instaurado pelo Japão contra os Estados Unidos. Foi  uma verdadeira limpeza étnica e política praticada contra os italianos que, à época, habitavam a Istria e Dalmácia, regiões historicamente italianas. Um dos mais tristes acontecimentos relacionados à participação da Itália no período da segunda guerra mundial, conhecido por Massacre das Foibe. Após o encerramento do conflito entre os aliados e o Eixo, composto da Itália, Alemanha e Japão,  naquela região da atual  Croácia e EslovênIa, e de Trieste, cidade histórica de muitos outros conflitos, dita região passou a pertencer à antiga Iugoslávia. Milhares de pessoas se opuseram à anexação da região de Friuli-Venezia Giulia.Disso resultou perseguição à população itálica, pois parte dos componentes do exército italiano sediado naquela região, e que foram considerados traidores pois assinaram um armistício à revelia do alto comando do exército italiano, o que provocou grande colapso na defesa contra os invasores. Assim, foram fragilizadas  as unidades de controle que não  conteve o avanço dos partisans iugoslavos comunistas, financiados pela União Soviética e comandados por Josip Broz Tito. O conflito ocorreu entre setembro e outubro de 1943, e nos anos  sucessivos que vitimaram cruelmente cerca de 20.000 italianos adultos e crianças, como também no tempo os fascistas, ainda provocando o êxodo de perto de 300.000 pessoas que habitavam a região, pela implacável perseguição imposta pelos invasores. As atrocidades desse episódio aconteceram indistintamente contra a população civil italiana, de maneira brutal e sem trégua, pela ocorrência de matança coletiva à beira das foibe, consistente de cavernas verticais  comuns naquela região. São descritas de forma afunilada em posição invertida e com grande profundidade. As vítimas eram colocadas à beira das foibe, amarradas umas às outras com arames, nos pés e  mãos, formando um cordão com perto de cinquenta pessoas e, de maneira cruel a primeira era morta à beira da cavidade, sendo empurrada e jogada para o sumidouro, com as demais ainda vivas, ligadas entre sí, forçosamente caiam juntas e eram arrastadas, culminando com o assassinato coletivo, de  extrema  crueldade. O enfoibamento manteve-se como o sistema de eliminação mais prático e preferido pelos partisans comunistas, dada a rapidez e menos cansativo, pois dispensava a abertura de covas. São muitas as foibe localizadas naquela região e que os italianos tiveram muitas dificuldades para a localização delas, para ao menos resgatar as identidades das vítimas. Ainda mais, as autoridades da antiga Iugoslávia nunca permitiram a realização de investigação naqueles territórios, inclusive destruindo os arquivos municipais e de registros dos países então ocupados, visando impedir quaisquer levantamentos para determinar  o exato número de pessoas mortas. A única foiba que permaneceu como território italiano foi a de Bazovica, onde foram encontrados em 500 metros cúbicos de restos humanos, cerca de 2.000 pessoas. Antes de 2004, a Itália manteve silêncio absoluto sobre a existência de tão triste episódio através da omissão pelos governantes comunistas e na mídia, pois fizeram de tudo para os massacres e propriamente a triste história cair  no esquecimento, inclusive omitindo nas escolas a inclusão dos acontecimentos. Com a insistência dos familiares a história veio à tona com a lei, e assim publicações, livros e estudos sobre o tema fizeram justiça às vítimas.

Bruna de Moraes Freire reuniu os pais, avós e grupo de amigos, no domingo (2) e, com muita descontração e alegria, brindou seus 20 anos.

A empresária Isabel Tavares Colombo, de São Bernardo, no domingo (2), reuniu familiares e amigos para brindar idade nova. O palco de tudo foi o restaurante Baby Beef, em Santo André.

Valéria Carvalho Assis, proprietária do Studio Bem-Estar Pilates, inaugurou nova sede, na última semana e, junto com alunas, brindou o novo espaço com um coquetel. Como algumas alunas não descuidam da alimentação, foram servidos quitutes veganos e vegetarianos. O novo estúdio está localizado na Av. Portugal, em Santo André.


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