26 Apr 2024


Um cachorro em campanha política

Publicado em TITO COSTA
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24/03/2012

Nos Estados Unidos, claro. Um candidato do Partido Republicano, provável adversário do presidente Obama (Partido Democrático) nas eleições presidenciais de novembro próximo, teria maltratado seu cão de estimação numa viagem de carro, anos atrás, em 1983. Os adversários do candidato descobriram o fato que se tornou verdadeira polêmica na campanha das prévias, dentro do próprio partido. Lição a tirar do fato: em campanha política eleitoral não se pode confiar nem nos companheiros de partido que disputam causa comum.  Um dos adversários do pré-candidato Romney atacou: “Não tenho certeza de que irei ouvir os juízos de valor de uma pessoa que amarrou seu cão no teto de um carro. Diz a informação da imprensa obre o fato que no meio da viagem o cachorro enfrentou uma diarréia, seu dono parou num posto de gasolina e com uma mangueira lavou o animal e o carro, prosseguindo na viagem. Indagação do adversário: como poderemos confiar em um homem sem coração, sem alma, que, se eleito, será um administrador frio em relação aos problemas da população, indiferente ao bem estar dos outros? Um jornal americano dispara: colocar um cão, mesmo que seja dentro de uma gaiola, no teto de um carro, equivaleria a colocar uma de suas crianças em situação igual. O pré-candidato não se defendeu diretamente, mas teria dito que seu animal de estimação não se importava em viajar no teto do carro. Mesmo com diarréia? Não se sabe e não se disse se o cão reclamou do descaso de seu dono.
É isso que dá ser candidato, especialmente à presidência do pais mais poderoso do mundo atual. Vão esquadrinhar sua vida desde criancinha e inventar, por certo, coisas escabrosas. Dizem por aqui que em campanha vale tudo, menor perder!
Gastar tempo com um fato como esse, envolvendo um cachorro, mostra que a politicagem não é privilégio dos subdesenvolvidos. Em vez de debates sobre programas de governo ficam preocupados com a diarréia de um cão, por mais importante que possa ser seu dono. Mas, se o dono for candidato em eleições, não haverá cachorro que agüente. Os pobres, os desvalidos, que os há, e muitos, nos rincões dos mais diversos estados americanos, a preocupação com sua sorte fica para depois.  Em campanha política o importante é ganhar. O cão, no caso, não chega a ser matéria para derrota eleitoral. Nem as famosas traições matrimoniais. É comum dizer-se que o povo esquece fácil.  Será?

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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