Fabio Picarelli Opinião

ABC é pioneiro no Corredor Verde

A região é pioneira mais uma vez. A primeira floresta urbana linear do país foi implantada recentemente no Corredor ABD. O espaço contém quase 12 mil mudas de diversas espécies. O plantio de vegetação na área urbana é uma das principais metas para combater o aquecimento global.

A empresa Next Mobilidade lançou no dia 9 de novembro de 2024 o primeiro Inventário de Floresta Urbana Linear do Brasil com informações de levantamento arbóreo e monitoramento via satélite.

O Corredor ABD possui 90 Km de extensão, ida e volta, ligando as zonas Sul e Leste da Capital paulista, passando por Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema. São transportados 290 mil passageiros por dia.

As primeiras mudas do projeto Corredor Verde, no entanto, foram plantadas em 2008. Hoje são 140 espécies, a maioria da Mata Atlântica, que embelezam os jardins dos nove terminais metropolitanos, os canteiros, as praças e os pátios.

Somente no lançamento do inventário foram plantadas 600 novas mudas, todas etiquetadas (tags) e cadastradas por QR Code no site https://map.forest.watch/nextmobilidade/corredor-verde-abd. Vale ressaltar que as etiquetas são de papel biodegradável para não agredir a natureza.

Para expandir a floresta urbana foi necessário remover 200 placas de concreto do corredor. No local, agora estão as árvores, que terão espaço para crescerem frondosas e saudáveis.

Confira aqui algumas das espécies nativas da mata atlântica que foram plantadas no Corredor ABD, inclusive frutíferas: manacá, quaresmeira, pata de vaca, ipê (amarelo, rosa e branco), azaléia, espirradeira, caliandra, fícus, abacateiro., goiabeira, mangueira, chorão, aroeira e sibipiruna. Ao menos 15 árvores estão ameaçadas de extinção, tais como jatobá, ipê-amarelo-flor-de-algodão, aroeira-preta, pau-brasil e ipê-amarelo-do cerrado Jacarandá Paulista.

O transporte público é mais um setor que busca medidas contra o aquecimento global. O plantio de verde proporciona reduzir a emissão de gases de efeito estufa, o chamado seqüestro de carbono. Cada grupo de sete árvores pode seqüestrar até uma tonelada de carbono nos próximos 20 anos.

Santo André possui um plano a longo prazo para ampliar de 40 para 60 mil árvores e substituir as espécies inadequadas para o perímetro urbano, que destroem calçadas e causam problemas para os moradores.

A iniciativa de construir um corredor verde contribui ainda para restaurar áreas degradadas e diminuir os impactos climáticos, tema de constante debate entre as autoridades e os defensores do meio ambiente, como o grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã.

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