26 Apr 2024


Câmara: quem fica com a parte do leão

Publicado em Editorial
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23/02/2013

Câmara: quem fica com a parte do leão

É bem diferente a situação da Câmara de Santo André em relação aos legislativos de São Bernardo e São Caetano. Nestas duas não houve confronto entre situação e oposição, pois os prefeitos eleitos apoiaram a chapa vencedora.O prefeito Luiz Marinho (PT), por sua vez, no primeiro mandato, teve dificuldade para eleger o seu candidato, pois nos dois primeiros anos de governo foi obrigado a aceitar a cama feita pelo ex-vereador Otávio Manente (PPS), pois seu filho, deputado estadual, apoiou Marinho no segundo turno da eleição.

Na segunda votação, pois a gestão do presidente é de dois anos, Marinho foi surpreendido com a eleição do vereador Hiroyuki Minami (PSDB) para a presidência. Neste ano, o prefeito de São Bernardo, com duas experiências em eleições para presidente da Câmara, elegeu seu candidato.
Em Santo André, o presidente eleito, vereador Donizeti Pereira, com bagagem na atuação no dia-a-dia da Câmara, conseguiu estruturar sua campanha para a presidência jogando nos erros cometidos pelos articuladores políticos do grupo do Paço. Com 19 vereadores, conseguiu 11 votos necessários para sua eleição. Agora, no poder, revela que não quer briga com o Executivo, mas quer valorizar a independência do poder legislativo. Com isso, em duas oportunidades derrotou o grupo do Paço: presidência e na composição das comissões internas, nas quais o G12 ficou com as principais comissões. Dias atrás, os membros do G12 saíram na primeira página do Diário durante uma visitaram àquela publicação. Também, semanas atrás, o presidente Donizeti, pela primeira vez, nos últimos anos, convocou os jornalistas para uma entrevista coletiva na sala da presidência. Realmente, o atual presidente percebeu que, sem a utilização do marketing, o G12 não vai ter vida longa.
Mas, outro problema começa a ser criado no relacionamento dos vereadores com o prefeito. Quem realmente vai negociar com o prefeito: os vereadores, com direito a votos, ou os dirigentes partidários, que não votam? O PDT local estava revoltado com seus dois vereadores que votaram contra o candidato do prefeito. Isso ocorreu porque o partido foi contemplado com duas secretarias. Mas, os novos secretários nomearam amigos e parentes e não deixaram nenhum cargo para os dois vereadores. A mesma situação pode acontecer com o PMDB, que recuperou seus dois vereadores. Um ex-dirigente do PMDB local voltou à presidência do diretório municipal por indicação do diretório estadual. Depois de uma reunião entre os dois diretórios, ficou decidido que o novo presidente do partido, sem direito a voto, vai negociar com o prefeito. Os vereadores Sargento Juliano e José Araújo, com direito a voto, foram empossados como vereador e não vão negociar com o prefeito.
Desse jeito, o Paço, ao que tudo indica, vai ter que negociar primeiro com os dirigentes partidários e depois com os vereadores. Resta saber quem vai ficar com a parte do leão: os vereadores ou o dirigente partidário?

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