Coletiva
Os novos prefeitos do ABC, de um modo geral, precisam tratar melhor os jornalistas quando são convocados para entrevistas coletivas. Nessas ocasiões, os prefeitos enviam e-mail aos jornais anunciando a convocação para determinada hora. Os jornalistas chegam no horário marcado, porém, a prefeitura, que fez a convocação, ainda está se preparando para iniciar a entrevista. Isso demora quase uma hora e os jornalistas são obrigados a aguardar numa pequena sala espera onde há lugar para quatro ou cinco cadeiras com mais de 15 jornalistas presentes. No início da entrevista, em sala improvisada, também não tem cadeiras para acomodar os representantes da imprensa, enquanto os entrevistados ficam atrás de uma mesa, sentados, e com garrafas de água à vontade. Os jornalistas ficam em pé, num espaço pequeno, e pela falta de espaço, ficam esbarrando uns nos outros. A mídia merece um tratamento melhor, não?

Problema
A atual administração de Santo André encontrou vários problemas deixados pelo governo anterior. O elevador do Paço Municipal, na semana passada, só um estava em funcionamento para o público e também outro destinado aos servidores municipais e autoridades, na parte interna. O prefeito Grana, na entrevista, revelou que “a municipalidade, desde julho do ano passado, estava sem contrato da rede elétrica pública e, por isso, havia 6 mil pontos escuros. Um contrato de emergência já foi firmado e o prazo para eliminar os pequenos apagões será de 90 dias”.

Prazo
O ex-vereador Sargento Juliano, que não foi empossado na atual legislatura por ter sua candidatura anulada pela Justiça Eleitoral, estava preocupado com o problema. O prazo para o julgamento de sua defesa estava marcado para sexta (18), porém, até quinta (17), o processo ainda não havia entrado na pauta do TRE-SP (Tribu-nal Regional Eleitoral). A representação contra o vereador foi elaborada pelo Ministério Público. Caso Juliano não possa assumir a vereança, seu companheiro de partido, José Araújo, também não poderá assumir porque o partido, sem os votos de Juliano, não atingiu o suficiente para ultrapassar o quociente eleitoral (votos válidos divididos pelo total de 21 vereadores, em torno de 18,7 mil votos). Se isso realmente acontecer, os beneficiados seriam Marcelo Chehade (PSDB) e Alemão Duarte (PT).

Novo penteado
No anúncio de novos nomes do secretariado do prefeito Luiz Marinho, na terça (15), no 19º andar do Paço de são Bernardo, foi observado que dois membros da equipe têm o mesmo estilo de cabelo. Vistos pelas costas, os dois têm estilo de cabelos iguais: preto, com rabo de cavalo bem caprichado e fino. Os donos desses cabelos são: vice-prefeito Frank Aguiar e o secretário de Esportes, José Alexandre Devesa.

“Braço-direito”
O prefeito Luiz Marinho é atualmente a grande liderança política do PT na região. Assim, os compromissos são enormes. Nos primeiros quatro anos de mandato conseguiu realizar uma gestão que teve como resultado uma tranquila vitória no recente pleito eleitoral. Agora, os compromissos políticos aumentaram nos últimos anos e, assim, Marinho tem um “braço-direito” que não deixa a peteca administrativa cair. O nome desse braço direito, que resolve todos os pepinos, é Nilza de Oliveira, secretária de Orçamento e Planejamento. Também sua esposa nas horas vagas...

Já ou agora?
Na equipe de secretários divulgada pelo atual prefeito de São Bernardo, quem vai ocupar a secretaria de Administração é José Augusto Guarnieri Pereira, ex-vereador e ex-prefeito de Taubaté no período de 2005 a 2012. Presidiu por três vezes o Comitê de Bacias Hidrográficas da Serra da Mantiqueira e diretor da Associação Nacional de Municípios Produtores, etc. Assim, a pergunta se faz necessária: será que o prefeito Marinho já está começando a campanha para o governo estadual?

Cartões “caros”
O ex-prefeito José Auricchio (PTB), na segunda (14), foi empossado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como secretário de Esportes. No entanto, o que não dá para entender como foi o motivo de sua condenação pela Justiça: “improbidade administrativa” pela juíza Daniela Anholeto Valbão, da 6ª Vara Cível de São Caetano e com sentença confirmada por decisão da 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça. Tudo isso porque Auricchio comprou cartões de Natal no valor de R$ 209,00 pago pela prefeitura. Prestou atenção no valor? A sentença dizia que “o ex-prefeito foi condenado a devolver o dinheiro público gasto e pagar uma multa equivalente ao dobro do salário que recebia no cargo”. É o fim da picada: ter problema com a Justiça só por R$ 209,00?

Déficit
Segundo a equipe financeira do atual prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro, o déficit deixado pelo governo anterior foi estimado em R$ 250 milhões.

Deu na mídia
O ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, exonerado pela presidente Dilma Rousseff em 2011, é um mestre em arrumar uma boquinha onde tem dinhei-ro público. A Folha de São Paulo, na quinta (17), revelou que “Lupi permanece como conselheiro do BNDES na vaga destinada ao representante do ministério do Trabalho. No cargo, ele recebe R$ 6 mil por mês, pagos trimestralmente”. Diz ainda que “em 2007, Lupi foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados e, ao mesmo tempo, ocupava outro cargo na Câmara Municipal do Rio, vedado pela Constituição. Também foi nomeado assessor especial da Prefeitura do Rio em Brasília, após deixar o mi-nistério”. Realmente, o ex-ministro é um “mágico” quando tem dinheiro público na jogada.