18 May 2024
Folha Do ABC

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A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Essa é uma expressão que me coloca, de novo, num mundo imaginário ligado ao tempo escolar. Quando frente a uma questão que a gente não sabia como resolver, o caminho indicado era "encher linguiça". Isso acontecia especialmente em caso  de exames, tanto os escritos, como o oral. Se não se sabia a resposta, o caminho indicado era encher linguiça, enrolar, sabendo-se do resultado negativo para a nota que viria. Ou seja, qualquer coisa servia para a resposta a um problema que não se sabia como resolver. Essa questão me vem à mente em razão de uma crônica de Luis Fernando Veríssimo sobre a "linguiça" (ver no Estado de S.Paulo, ed. de 29/10/2020).
Lembra ele que "grande parte do discurso público ouvido no Brasil não merece outra coisa além de ser pendurado na linguiça. Não se trata do que seja fabricado especificamente para confundir, ou retórica vazia do discurso político.  Para um de seus musicais na Broadway o compositor americano Stephen Sondheim escreveu uma canção na qual uma veterana atriz lamenta que sua vida acabou como um circo vazio, sem público, sem brilho, sem amor, sem nada. E ela canta: "que entrem os palhaços, pois só faltam palhaços para que o cenário de sua tristeza volte a ser um circo".
O mesmo melancólico fim nos espera, diz Veríssimo, num Brasil em que cada vez mais se parece com um circo falido. Para ser um circo, só faltam os palhaços. Onde estão os palhaços? Não é preciso procurá-los. Os palhaços somos nós".
Um brasileiro intelectual dos mais consagrados que temos, como esse  Luis Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, é notoriamente, um desconsolado, a nos fazer companhia em nossos desconsolos, ou em nossas tristezas. Pelo menos, ele tem uma tribuna, O Estadão, por meio do qual fala para o Brasil todas as quintas-feiras. Além de outros jornais, revistas de grande circulação e palanques de importância nacional e mesmo internacional, já que é um dos mais prestigiados intelectuais, leitura obrigatória para todos os que querem e desejam um Brasil mais livre e liberto dessa atual carga que nos foi imposta pelo voto livre e esperançoso por dias melhores, que estão por vir, sabe-se lá  quando e como.
E vale destacar de seu texto que me inspirou  esta crônica, no qual Veríssimo lamenta o momento que vivemos: grande parte do discurso político ouvido no Brasil  não merece outra coisa além de ser pendurado na linguiça, pois não se trata do fake news fabricado especificamente para confundir, ou a retórica vazia do discurso político facilmente caricaturável, mas a língua com a qual o poder se comunica e se desnuda e expõe sua mediocridade.

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Vamos falar sobre animais domésticos?
Cães e gatos! Quais mais podemos citar? Alguns pássaros que se soltarmos na natureza, morrem de fome, pois nasceram no cativeiro e não têm como saber se defender, então o melhor é não os ter. Já vi pássaros que foram soltos e ficam desesperados, pois não sabem nem mesmo voar. Nos dias de hoje existem alguns loucos criando alguns animais diferentes como porquinhos (mas eles crescem) e absurdo, cobras, entre outros.
Na minha família sempre tivemos animais, principalmente cachorros. Sempre tratados como animais muito queridos. É um erro humanizar os cães. Eles não são nossos filhos, mas sim animais domésticos. Segundo um adestrador, é um absurdo colocarem sapatinhos nos animais. Eles escorregam e ficam sem chão, assim como enchê-los de roupinhas, tiaras, colares, etc.
Eles também precisam dum local próprio para viverem. Um prédio próximo ao meu, os moradores deixam um cãozinho vivendo na sacada. Ele late o tempo todo. Que amor é esse? Amor também não é deixá-los sobre os sofás ou camas. Eles são animais que vivem no chão. Como proteção eles usam a boca mordendo quem os incomoda. Usam a língua para se limparem inclusive seus órgãos sexuais. Sei de várias pessoas, dentre eles dois moradores do meu condomínio, que pegaram bactérias de animais, bactéria que ia comendo a carne... Horrível!
Acho um absurdo o que vejo em vídeos na internet onde animais ficam lambendo os bebês. Até acho bonitinho, mas...
Lembrei que quando meus filhos eram pequenos, tínhamos uma tartaruga, ou cágado no gramado em frente à casa. Todos os dias os meninos a alimentavam e ela adorava comer tomates. Pois era só eu andar sobre a grama que ela vinha rapidinho morder minhas unhas do pé que eram esmaltadas de vermelho. Os meninos a adoravam. Aprenderam que era deles a responsabilidade de a alimentar e cuidar. Assim como os cães que tivemos. Quanto aos gatos, só os tivemos quando solteira. Eles pertenciam a casa, mas nunca foram minha paixão. Na verdade, amo galinhas e aves, mas cada um no seu lugar. Na sacada de meu quarto no apartamento, tenho um vaso com uma pequena árvore. Acordo pela manhã com as aves vindo pousar nela e ao ouvir seus cantos, me sinto mais viva.
Um animalzinho na casa além de ser uma companhia, quando tratado com amor, com amor ele retribuirá seu carinho. Mas lembre-se: eles precisam ser muito bem cuidados. Vacinas, banhos e alimentação balanceada.
Na nossa fase atual, muitas pessoas que estão entrando em depressão, acabam adotando um bichinho para lhes fazer companhia. Uma amiga tem uma calopsita que vive solta dentro do apartamento e pousa em seus ombros, lógico, com as janelas fechadas. Outro comprou um aquário com um casal de peixes... disse que assim não se sente sozinho...
É um momento que uma companhia é sempre bem vinda...
Um abraço, Didi
P.S.- Na semana passada o Dr. Tito Costa me fez lembrar dos “bichos do pé”. Exatamente assim. Furar ao redor com a agulha de costura e tirar a bolha inteira. Lembrei também dos bernes. Principalmente meu pai quando voltava das caçadas. Minha mãe colocava um pedacinho de toucinho no local com um esparadrapo. O berne era atraído e assim e puxado com a pinça. Histórias de quem viveu em tempos antigos...

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A semana marca a comemoração da chegada das primeiras dezessete famílias de imigrantes italianos em nossa cidade, que para cá vieram na busca da nova terra. São cento e quarenta e três anos desde meados da segunda quinzena do mês de outubro de 1877, quando aqui se instalaram e seguidamente milhares de outras famílias de italianos também escolheram a cidade e região para o recomeço diante da grave crise na Itália naqueles idos. A história da imigração italiana em São Bernardo é muito instigante principalmente pelo fato de, a olhos vistos, desde a chegada das primeiras famílias e seguidamente de milhares de outras, por aqui tudo mudou pela demonstração da fascinante força do trabalho e inovação nos métodos de vida trazidos e introduzidos na vida cotidiana, com os costumes e tradições. Relembrando a Unificação da Itália, em l.861, e plena libertação dos italianos, pois a população foi mantida sob o jugo dos invasores austríacos,  desde 1814, o país após esse tempo padeceu de graves problemas internos e de total estagnação. Com a interferência do Rei Vittório Emanuele II, da Itália, e de D. Pedro II, do Brasil, que eram primos, foram facilitadas as tratativas com os fazendeiros de café. Nessa época, tanto no sudeste e no sul do país já existia grande escassez de mão de obra. Ao mesmo tempo, tais tratativas resolveriam para os cafeicultores preocupados com a mão de obra e para as famílias italianas que almejavam trabalho com nova vida social.  Desse modo, um grupo de italianos católicos e agricultores e outros portadores de diversas especialidades partiu para o Brasil, no navio a vapor Sud-América que zarpou de Genova, regione Ligúria, aportando no Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1877, e após em Santos. As famílias dos imigrantes subiram a Serra do Mar e, segundo as estimativas se instalaram em meados da segunda quinzena do mês de outubro, na Freguesia de São Bernardo, no Casarão do Bonilha, já demolido, localizado na atual Praça Lauro Gomes, até que fossem chamados para ocupação das terras dos projetos de ocupação. No caso, as primeiras dezessete famílias de imigrantes são as seguintes: Angioletti, Bassani, Casa, Dal Zotto, Locatelli, Negri, Paggi, Tolotti, Baraldi, Bianchini, Cestari, Gerbelli, Margonari, Médici, Odorizzi, Pedó e Visentainer, a quem apresentamos os nossos cumprimentos aos descendentes, demais imigrantes e ítalo-brasileiros.  No tempo, as famílias dos imigrantes italianos aqui chegadas foram se instalando na Freguesia e bem se adaptando na nossa terra, com muita disposição para a nova vida. Desde logo, cabe salientar a renovação dos costumes por eles introduzidos, como também as novas modalidades de construção, abertura de caminhos e estradas, introdução de meios de trabalho nas diversas atividades mercê de disposição das grandes experiências trazidas do milenar país, motivo do visível e claro desenvolvimento para a nova terra. No início do século vinte, com a vinda de dois padres scalabrinianos da Ordem dos Missionários de São Carlos, por iniciativa de D. João Batista Scalabrini, que visitando São Paulo tomou conhecimento da forte influência italiana na região, e assim encaminhou dois padres para cá para assistência religiosa aos italianos. No tempo, esses imigrantes convivendo pacificamente com os brasi-leiros e irmanados promoveram um grande e notável desenvolvimento nas áreas co-mercial, industrial, teatro, rádio, construção, móveis, extração de lenha, culinária, vinho, design, moda, enfim com a introdução de várias modalidades que resultaram no grande e inegável progresso. Com isso, a construção da Capela de Santa Filomena,  criação da Società Mutuo Socorso Italiani Uniti, atual Associação Ítalo Brasileira de Beneficência, Festa di San Bartolomeo, Sociedade Cultural Brasilitália com Curso de Italiano,  Palestra de São Bernardo, Banda Carlos Gomes, Clubes de Bocha, Circolo Italiano de Toscana do Riacho Grande, Coral Bicchieri D’Oro, União dos Vinicultores Artesanais. Na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo foram instituídas as Comissões da Comenda de São Bartolomeu e a Medalha do Imigrante Italiano e seus Descendentes, que distribuíram centenas de medalhas e homenagens aos imigrantes italianos e seus familiares. Os encontros familiares para cultivo das datas dos santos e outras festivas, marca registrada do povo italiano se multiplicaram na cidade.  Mais uma vez, a grandiosa e operosa colônia italiana é distinguida com as melhores referências e agradecimentos com eterna gratidão por tudo que praticaram desde o início de vida para a nossa cidade, motivando o inegável progresso e desenvolvimento de São Bernardo. Agli immigrati italiani il nostro profondo ringraziamenti.

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O cenário eleitoral no ABC não está tão indefinido assim. Algumas pesquisas de intenção de voto e formadores de opinião sugerem que os atuais prefeitos não encontrarão grandes obstáculos para se reelegerem. As equipes de campanha dos prefeitos também estão otimistas, acreditam que o pleito será definido já no dia 15 de novembro, em único turno.
A pandemia, que prometia ser a pedra no sapato dos prefeitos, acabou se tornando a cereja do bolo, para fechar o quarto e último ano de mandato de maneira ‘heroica’. Durante bons meses deste ano, grande parte da população do ABC ficou em casa. Sem sair, sem ter contato social e vivendo numa época na qual as fakes news imperam na internet e nas redes sociais, os prefeitos acabaram sendo, praticamente, a única fonte de informação com dados oficiais sobre o novo coronavírus. Tanto que as lives, realizadas pelos prefeitos, seja de Santo André, São Bernardo ou São Caetano, em suas páginas pessoais nas redes sociais, bateram recordes de audiência. Os prefeitos também bateram recorde de seguidores e interação online com os munícipes.
Neste cenário, ações protocolares como a instalação de Hospitais Campanhas, realização de testes rápidos ou medidas de distanciamento social, realizadas em todo o Brasil, foram divulgadas como verdadeiras armas municipais para vencer o inimigo, a Covid-19. Vale lembrar que os hospitais de campanha, apesar da responsabilidade ser dos Estados e municípios, seguem regras e determinações do Ministério da Saúde do governo federal, assim como muitas das outras medidas adotadas. O ABC já gastou mais de R$ 375 milhões no enfrentamento à Covid-19. O valor equivale a 5,3% do total de receitas (R$ 7,06 bilhões), obtido pelas sete prefeituras, nos oito primeiros meses deste ano. Os dados são do Painel Covid-19, elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP). Expressiva parte deste total é proveniente dos governos federal e estadual.
Além disso, levando em conta o processo eleitoral de 2016, que culminou na vitória dos prefeitos de Santo André, Paulo Serra, e Orlando Morando, São Bernardo, foi a verdadeira onda azul que tomara conta, não só do ABC, mas de todo o Brasil, contra o PT, que os beneficiou. Naquele momento o voto tivera o papel de uma arma antipetista. E, se no primeiro ano, os prefeitos enfrentaram dificuldades financeiras com dívidas deixadas por administrações anteriores, atrasos nos pagamentos de fornecedores, os anos seguintes foram de realizações e entregas. E haja entrega de obras inacabadas em São Bernardo, ainda que muitas delas não tenham sido elaboradas pela atual gestão, quem colheu os louros da vitória, da entrega, durante os seguintes três anos, foi o prefeito Orlando Morando. Em Santo André, Paulo Serra reprogramou a cidade, inserindo a força da sua própria jovialidade no desenvolvimento econômico, tirando-a do ostracismo que se encontrava há alguns bons anos. Santo André ganhou vida, movimento, com uma composição de governo que reuniu andreenses de carteirinha. Já em São Caetano, foi a voz da experiência quem falou mais alto. Auricchio depois de dois mandatos seguidos voltou à Prefeitura. E demonstrou força fora do perímetro municipal, elegendo, até mesmo, seu filho Thiago Auricchio, para deputado estadual. É difícil imaginar que outro político da cidade conheça São Caetano tão bem, todos seus problemas e qualidades quanto Auricchio, por todo seu protagonismo na história da cidade.
Nestas eleições de 2020, o antipetismo perdeu força. O continuísmo tem grande chance de ser o vitorioso nas urnas. Mas, o que os munícipes podem esperar além da continuação de projetos exitosos? Deixar tudo como está, se pautando na máxima de que “em time que está ganhando não se mexe”, pode funcionar. Mas, isso tem prazo de validade definido: os próximos quatro anos. Depois deste prazo, se os atuais jovens prefeitos quiserem alçar voos mais altos, fora dos perímetros municipais, será preciso tirar mais do que um coelho da cartola e não se acomodar com os elogios viciados dos bajuladores de plantão.

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Troco
Mesmo com mais de 158 mil mortes, 5,5 milhões de casos de Covid-19 e outros tantos milhões de brasileiros esperando por uma vacina contra o novo coronavírus, a politização da questão tem gerado novos desdobramentos tenebrosos, na disputa de quem seria o “pai” vacina. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara, na quarta (28), escancarou que a decisão do presidente de rejeitar a “vacina chinesa” foi uma decisão meramente política. “O problema é que o Doria quer carimbar um tucano no vidrinho da vacina. Ele é que está errado, ele que politizou e ele está recebendo o troco da sua atitude”.
 
Stop
O governador João Doria (PSDB), na quinta (29), por meio de nota, divulgada no seu grupo oficial de jornalistas, no WhatsApp, disse: “Recomendo ao presidente Bolsonaro parar de me atacar e começar a trabalhar. O povo não quer briga, quer emprego. O Brasil não quer divisão, quer compaixão. O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição”.
 
Caciques
Os grandes caciques da política nacional já perderam o brilho de outrora. Como já havia revelado a pesquisa Ibope/Associação Comercial de São Paulo, em setembro último, o apoio de “caciques” da política pode mais atrapalhar do que ajudar candidatos à Prefeitura de São Paulo. Na análise, quase metade dos eleitores paulistanos (47%) afirmaram que o apoio de Jair Bolsonaro a alguém reduzira a sua vontade de votar nessa pessoa. Nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possui a mesma influência de antes, na escolha do voto, atingindo o contingente foi de 40% de influência negativa. Já o governador João Doria (PSDB), obteve 48%.

Caciques I
Posto isso, a situação fica mais complicada para os candidatos a prefeito. Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) já mudou sua estratégia após cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto, priorizando ataques ao prefeito Bruno Covas (PSDB) e ao Doria. No ABC, a situação não é diferente. Para evitar indisposição com eleitores inseridos na polarização (Bolsonaro x Doria) muitos candidatos a prefeito, especialmente, os que buscam a reeleição, têm evitado tocar no assunto, afirmando que a disputa é ‘meramente’ municipal.

Repasse
Levantamento realizado pela startup Inteligov revelou que apesar do novo coronavírus ter gerado preocupação na comunidade científica internacional, ainda no final do ano passado, os investimentos de combate à doença, por parte do governo federal, só chegaram aos municípios quando a pandemia já estava instalada no País. Em março, as transferências chegaram à R$ 1 bilhão, quando já era contabilizado 5 mil casos e 200 mortes. Atualmente, o repasse já chega a R$ 40 bilhões.

Indeferida
A candidatura a reeleição do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), foi indeferida pela juíza Ana Lúcia Fusaro, da 166ª Zona Eleitoral de São Caetano, na terça (27). Na avaliação da magistrada, Auricchio está inapto pela condenação obtida na campanha de 2016, por supostas doações irregulares. Após recurso, o desembargador Waldir Nuevo Campos, presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) deferiu o pedido e o efeito suspensivo feito pelo prefeito, em relação a uma das ações sobre as doações.

Herança maldita
Paulo Serra (PSDB), candidato favorito à reeleição em Santo André, caso se reeleja, irá quebrar um ciclo que tem se repetido na cidade, nas últimas eleições municipais, a não reeleição de prefeitos e a derrota de candidatos de partidos que estão no poder. Nas eleições de 2008, quando o PT tentava emplacar a quarta vitória consecutiva da sigla em Santo André, Vanderlei Siraque (PT), chegou ao segundo turno com 48,89% dos votos e Aidan (então PTB), com apenas 21,75%, porém, mesmo sendo favorito, Siraque acabou perdendo.

Herança maldita I
Em 2012, no primeiro turno, Aidan ficou em segundo lugar, com 37,2% dos votos (135 mil), atrás do candidato do PT, Carlos Grana, que obteve 42,8% do total (155 mil votos). No segundo turno, Grana venceu com 204.594 votos (53,92%), contra 174.815 votos (46,08%) do Aidan. Mas, em 2016, no auge da crise do PT, Grana também não se reelegeu, perdeu para Paulo Serra (PSDB). O petista obteve 77.069 votos (21,79%), contra 276.575 votos (78,21%) do tucano, que foi eleito.

Rivais
Já em São Bernardo, se houver segundo turno, o prefeito Orlando Morando (PSDB) poderá enfrentar um antigo rival, Luiz Marinho (PT). Nas eleições municipais de 2008, ambos já se enfrentaram nas urnas. Na ocasião, o petista venceu o tucano, por 237.617 votos (58,19%) contra 170.728 votos (41,81%). Em 2012, em único turno, Marinho venceu Alex Manente (PPS), por 261.339 (65,79%) contra 122.924 (30,94%). Já em 2016, Morando disputou novamente a Prefeitura e venceu, no segundo turno, contra o, hoje aliado, Manente, obtendo 169.310 votos (45,07%) contra 106.726 (28,41%).

Mais votados
Dos cinco vereadores mais votados do ABC, nas últimas eleições municipais de 2016, respectivamente, Rautenberg Protetor (PRB), Santo André, eleito com 7.863 votos; Pery Cartola (PSDB), São Bernardo, com 7.540 votos; Ronaldo Lacerda (PDT), Diadema, com 5.700; Severino do MSTU (PL), com 5.547 e Marcel Munhoz (Cidadania), com 2.999 votos. Apenas três irão disputar a reeleição, Pery, Severino e Munhoz.

Mais votados I
Com 3.734 candidatos a vereador em todo o ABC, a situação não está tão confortável para os candidatos. Em São Bernardo, onde há o maior número de postulantes à Câmara, 873 candidatos disputam uma das 28 cadeiras; em Diadema serão 603 candidatos para 21 vagas e em São Caetano, 377 candidatos para 19. Mauá e Santo André também figuram entre as cidades com maior número de candidatos à Câmara, respectivamente, com 642 e 611.

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Chesterton (1874-1936), um dos célebres convertidos do século 20, era um crítico de muitas práticas estabelecidas. Uma delas, o processo educativo. Achava que o ensino em sua época era uma verdadeira violência intelectual feita à criança. Não que muita coisa tenha mudado desde então.  
Mas é interessante acompanhar seu raciocínio.
Afirmava: “O ponto principal é que o Homem faz o que quer. Reivindica o direito de controlar sua mãe Natureza, reivindica o direito de fazer seu filho, o Super-homem, à sua imagem. Basta fugir a essa criativa autoridade do homem para que toda a corajosa incursão a que chamamos civilização vacile e desmorone”.
O problema é que o ser humano é medroso. Não suporta assumir responsabilidades. Tem um pavor por “essa medonha e ancestral responsabilidade que nossos pais nos transmitiram quando deram o desvairado passo que os tornou homens. Refiro-me à responsabilidade de afirmar a verdade de nossa tradição humana e transmiti-la com voz firme e cheia de autoridade. Eis a educação perpétua: ter suficiente certeza de que algo é verdadeiro a ponto de chegar à ousadia de conta-lo a uma criança”.
O dever audacioso de dizer a verdade não é enfrentado pela maioria das pessoas. Para Chesterton, “é claro que isso está ligado à decadência da democracia”. O Estado, controlado por uns poucos, “permite que excentricidades e experimentos entrem diretamente nas salas de aula, sem jamais terem sido submetidos à apreciação do Parlamento, dos pais, da Igreja, das praças públicas”.
Repito e não me canso de dizê-lo: a educação é algo muito sério para ser deixado exclusivamente ao arbítrio do governo. Os autênticos educadores precisam resistir a uma espécie de estrondosa catarata burocrática de normas e requisitos formais. Enquanto isso, a falta de transmissão de polidez, de civilidade, de empatia, de compaixão, de consideração e respeito pelo próximo, faz com que não se aprenda o elementar nas cartilhas, mas se decore o Código Penal atrás das grades.
Continua oportuna a advertência de Chesterton: uma escola moderna não deveria ser apenas mais clara, aprazível, engenhosa e veloz do que a ignorância e a escuridão. Mas precisaria ser um lugar de acolhimento, do qual o egresso teria saudades, não espaço de angústia, sofrimento e suplício. Continuar a fazer o mesmo é o atestado eloquente da tola vaidade dos homens.

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O Dia de Finados, segunda (2) de novembro, será celebrado com missas especiais nas 106 paróquias das sete cidades do ABC. O bispo Dom Pedro Carlos Cipollini preside missa na Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Diadema, às 9h. Nos cemitérios, em Santo André, haverá celebração de missas no Cristo Redentor (Rua Coimbra, 306 – Vila Pires) às 8h, 9h30 e 11h e também no Cemitério do Curuçá (Rua Coréia s/n – Parque das Nações), com celebrações às 8h, 10h, 14h e 16h. Todos os cemitérios da cidade funcionarão da 8h às 17h. Em São Caetano, não haverá celebração de missas nos cemitérios e as visitas serão permitidas das 7h às 17h. Em São Bernardo, também não haverá celebração de missas nos cemitérios e a entrada será limitada a 100 pessoas e com tempo máximo de visitação de 30 minutos, das 8h às 17h. No cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá, as missas serão transmitidas de forma online, às 10h pelo Facebook da Paróquia Nossa Senhora Das Vitórias de Mauá, celebrada pelo Frei Geraldo e, às 16h, pelo Facebook e YouTube da Paróquia Matriz Imaculada Conceição, celebrada pelo Padre Claudio. O cemitério estará aberto para visitação, nesta segunda (2), das 6h às 18h.

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A pandemia diminuiu a circulação de veículos nas ruas e reduziu também o número de roubos e furtos. O Boletim Econômico Tracker-FECAP, que acaba de ser divulgado, analisou em detalhes o comportamento dos criminosos no segmento motocicletas e motonetas. Entre os meses de março e agosto de 2020, foram registradas em média 970 ocorrências de roubo por mês, uma redução de 14,16% em comparação ao mesmo período de 2019, que teve média de 1.130 roubos por mês. Já a média de furtos, nos últimos seis meses, foi de mil veículos, o que corresponde a uma queda de 37% na média mensal, na comparação do mesmo período com o ano anterior. O período noturno é o preferido dos bandidos. Mais da metade dos roubos (53,53%) e um terço dos furtos (32,27%) ocorreram à noite.

A capital paulista lidera o ranking de roubos, com 52,49% das ocorrências registradas. Guarulhos (6,16%), Campinas (6,03%), Diadema (4,96%), Santo André (4,56%), São Bernardo do Campo (3,70%), Mauá (2,97%), Osasco (2,78%), Suzano (2,24%) e Ribeirão Preto (2,15%) completam o ranking das 10 cidades com maior número de eventos. Dentro da capital, os bairros do Capão Redondo e de São Mateus lideram a lista dos roubos de motocicletas e motonetas, com 94 ocorrências registradas em cada um. Completam o ranking: Itaquera (86 ocorrências), Pedreira (74), Jardim Ângela e Iguatemi (69), Raposo Tavares (68), Campo Grande (66), Grajaú (64), Cidade Ademar e Guaianases (62), totalizando 6 bairros da zona sul, 4 da zona leste e 1 da zona oeste da capital, todos situados em regiões periféricas da cidade. Os logradouros com maior incidência de roubos no estado são Avenida Aricanduva, Avenida Jacu Pêssego e Rodovia Raposo Tavares.

São Paulo também lidera o número de furtos, com 40,43% do total. Santos vem em segundo lugar (2,93%), depois São Bernardo do Campo (2,59%), Osasco (2,45%), Campinas (2,11%), Diadema (1,90%), Carapicuíba (1,89%), Santo André (1,85%, Ribeirão Preto (1,85%) e Guarulhos (1,42%). Dentro da capital, Santana é o bairro com maior incidência de furtos, com 131 ocorrências. Em seguida aparece Itaim Bibi (128 furtos), Bela Vista (111), Santo Amaro (110), Pinheiros (108), Lapa (106), Vila Mariana (101), Jardim Paulista (97), Tatuapé (96) e Barra Funda (92). “Verificamos que a maioria dos furtos é cometido em bairros totalmente distintos daqueles em que as motos são roubadas. Neste caso, há uma preferência para regiões mais centrais e mais nobres da capital. Observamos ainda que os períodos de furtos variam substancialmente conforme a região analisada. Os furtos nos bairros mais periféricos ocorrem principalmente na madrugada. Por outro lado, a grande maioria dos furtos nos bairros nobres não possuem um período exato para ocorrer. Estão bem distribuídos entre manhã, à tarde ou à noite”, destaca o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime FECAP, Erivaldo Costa Vieira. Os logradouros mais visados para furto são Rua Tocantínia (zona Sul) e Rua Voluntários da Pátria (Zona Norte).

Para o gerente de Produtos do Grupo Tracker, Rodrigo Rufca, muitos proprietários de motos de alta cilindrada estão evitando colocar em risco a integridade de seus bens, em um momento de grave crise financeira provocada pela pandemia. “Mas para quem precisa trabalhar utilizando as motos e não tem condições de pagar um seguro, os rastreadores são a opção mais viável para proteção contra roubo e furto, com um custo anual que pode chegar até 77% a menos que o seguro tradicional (considerando perfil de idade média de 30 anos na capital paulista para condutores de motos de baixa cilindrada)”.

Outros números

O Boletim Econômico Tracker-FECAP compilou também os crimes envolvendo automóveis e cargas. Em uma comparação direta entre o primeiro e o segundo quadrimestre deste ano, houve um recuo de 30,91% nos roubos de veículos e queda de 15,71% nos furtos. Os dados de cargas revelam que o segundo quadrimestre de 2020 apresentou redução de 18,82% das ocorrências em relação aos quatro primeiros meses do ano.

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No mês de setembro, o emprego formal no Brasil apresentou expansão, registrando saldo de 313.564 postos de trabalho. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) foram divulgados nesta quinta-feira (29). O número é resultado de 1.379.509 admissões. Segundo o Ministério da Economia, é o melhor resultado para setembro desde que foi criado o Caged, em 1992.

“Uma excelente notícia, confirmando a volta da economia brasileira em ‘V’. É o maior ritmo de criação de empregos já registrado em qualquer setembro. Foram todos os setores e regiões criando novos empregos, o que configura o fenômeno da volta em ‘V’ da economia brasileira”, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou da divulgação dos números do Cadastro. A recuperação em ‘V’ ocorre quando a retomada é tão rápida quanto a queda.

O ministro Paulo Guedes lembrou que, em abril, o Brasil perdeu mais de 900 mil empregos; em maio 360 mil postos de trabalho; e, em junho, 20 mil. “Em julho, criamos 140 mil empregos, em agosto 244 mil empregos e, agora, em setembro, 313 mil (...) Então, não só estamos criando empregos nos três últimos meses seguidos, mas num ritmo crescente”, acrescentou o ministro da Economia.

Segundo o ministro, a economia do Brasil é uma das que está reagindo mais rapidamente ao impacto da Covid-19. “O Brasil preservou os sinais vitais da economia e já recuperou a metade dos empregos destruídos em três meses”.

Por setor

Em setembro, os dados do Novo Caged registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grupos de atividades econômicas pesquisadas: Indústria geral (+110.868 postos); Serviços (+80.481 postos); Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+69.239 postos); Construção (+45.249 postos); e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+7.751 postos).

Por região

No mês passado, as cinco regiões brasileiras também apresentaram saldo positivo na geração de emprego: Sudeste (+128.094 postos); Nordeste (+85.336 postos); Sul (+60.319 postos), Norte (+20.640 postos); e Centro-Oeste (+19.194).

Benefício emergencial – BEm

Os resultados mostram ainda que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, conhecido como BEm, em vigor desde abril, vem ajudando a manter os empregos no país durante o período de distanciamento social. O BEm já permitiu, até o momento, a celebração de 18.935.405 acordos entre trabalhadores e empregadores em todo o país.

O programa ajuda empresas e empregados a enfrentarem os efeitos econômicos da Covid-19. Proposto por Medida Provisória 936/2020, permite, quando houver acordo entre empregador e empregado, a redução proporcional da jornada de trabalho e salário; e a suspensão temporária do contrato de trabalho.

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Termina nesta sexta (30) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite no Brasil. Segundo dados preliminares das Secretarias Estaduais de Saúde, 4,9 milhões de crianças foram vacinadas contra a paralisia infantil desde o início da mobilização, no dia 5 de outubro. Até o momento, cerca de 6,3 (55,9%) milhões de crianças ainda não foram vacinadas contra a doença. O público-alvo estimado é de 11,2 milhões de crianças de 1 a menores de 5 anos de idade. Os estados podem continuar com as mobilizações de acordo com o planejamento e estoque locais.

O Ministério da Saúde tem alertado a população quanto à importância da vacinação, respeitando as diretrizes e orientações de segurança para evitar o risco de transmissão da Covid-19. A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa grave que afeta o sistema nervoso, podendo provocar paralisia permanente ou transitória dos membros inferiores. Não existe tratamento e a única forma de prevenção é a vacinação.

A maior cobertura, até o momento, foi registrada entre as crianças de dois anos de idade (45%), enquanto a menor foi registrada entre as crianças 3 anos de idade (43%). O estado do Amapá registrou o maior índice de vacinação contra a poliomielite no país (76,4%), seguido de Pernambuco (64%) e da Paraíba (61%). A menor cobertura registrada foi do estado de Rondônia (17,3%).

Até o momento, 646 municípios (11,5%) atingiram a meta de 95% de crianças vacinadas. Os dados são preliminares e os municípios têm até o fim de novembro para registrar as doses aplicadas no sistema de informações do Ministério da Saúde. A recomendação aos estados que não atingirem a meta é continuar com a vacinação de rotina oferecida durante todo o ano nos mais de 40 mil postos de saúde distribuídos pelo país.

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO

Com o conceito ‘Movimento Vacina Brasil. É mais proteção para todos’, a ação teve início em 5 de outubro e se encerra nesta sexta-feira (30), simultaneamente à campanha de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Nesta última são ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.

O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde de todo o país 18 vacinas para crianças e adolescentes no Calendário Nacional de Vacinação, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.

POLIOMIELITE NO BRASIL

O Brasil vem desenvolvendo um importante papel no combate à poliomielite. Ao longo de 47 anos o Programa Nacional de Imunizações (PNI), por meio das ações de vacinação, tem contribuído de forma ativa para manter o país livre da doença. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem do seu território, juntamente com os demais países das Américas.

Desde então, o país tem se empenhado para alcançar altas e homogêneas coberturas vacinais para manter a eliminação da doença. Coberturas vacinais municipais heterogêneas podem levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando a reintrodução do poliovírus. Por isso, é imprescindível que pais ou responsáveis levem as crianças menores de 5 anos aos postos de vacinação.

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