04 May 2024


Ambulatório da FMABC atende 200 casos de esclerose múltipla

Publicado em Saúde
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Na quarta (30), foi o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, doença que acomete cerca de 40 mil brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Existem diversos locais onde é feito o tratamento, e na região do ABC uma das referências é o Ambulatório de Distúrbios do Movimento, localizado no Centro Universitário FMABC, que atende cerca de 200 pacientes da doença nos sete municípios da região.

Recentemente foi criada uma associação de pacientes que sofrem com a doença, a Rapem (Rede de Apoio aos Pacientes com Esclerose Múltipla). A organização é formada por pessoas portadoras de esclerose que visam compartilhar e auxiliar os pacientes e familiares que habitam a região do ABC. 

A esclerose múltipla é uma doença autoimune e que não possui cura, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado. Caracteriza-se pela inflamação da bainha de mielina, membrana responsável por revestir os neurônios do sistema nervoso central. A ciência ainda não descobriu as causas para a doença, mas já identificou alguns padrões, como a maior incidência em mulheres, pessoas que vivem em locais com baixa exposição ao sol e predisposição genética.

O diagnóstico é difícil porque os sintomas de esclerose múltipla podem tanto ser discretos e passarem despercebidos como também, em alguns casos, serem parecidos com o de outras doenças como AVC (Acidente Vascular Cerebral). Entre os sintomas mais comuns estão formigamentos no corpo, perda da força muscular, perda súbita da visão, dificuldade para falar e andar, desequilíbrio e perda de coordenação. 

Segundo Margarete de Jesus Carvalho, médica neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento da FMABC, é fundamental o diagnóstico precoce, ou seja, feito ainda nos estágios iniciais. 

A médica explica que o apoio adequado ao paciente com esclerose múltipla deve ser realizado de maneira multidisciplinar, incluindo não só a parte medicamentosa, mas acompanhamento com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicóloga, psiquiatra, por vezes urologista, otorrinolaringologista, ginecologista, de acordo com a necessidade do paciente a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida. “É um esforço conjunto”, explica.

A profissional também ressalta a importância da data para conscientizar a população sobre a doença, que ainda não é de total conhecimento do público. “Os pacientes recebem o diagnóstico e muitas vezes nunca ouviram falar da esclerose múltipla. Quando ouvem a notícia ficam sem chão, pelo medo do desconhecido. Mas é importante que saibam que há tratamento” conclui.

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