19 May 2024
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A criatividade dos especialistas em análise sociológica introduziu novas denominações às gerações recentes. Fala-se em “Geração X”, aquela que abriga os filhos da revolução e que nasceram entre 1965 e 1977. Foram os que viram profundas mutações nas relações familiares. As mães tiveram de trabalhar e acabou-se a era dos Baby Boomers – 1946-1964. Intensificou-se o consumismo. Foi a era do videocassete, do walkman, do computador e de muita droga.
Em seguida, a “Geração Y”, criada pela Geração X. Nasceram entre 1965 e 1977. Foram os bandeirantes digitais, focados em experiências de vida, curtem a utopia e o idealismo. Tiveram a sensação de que o mundo progredia, diante do sucesso econômico.
A “Geração Millenial”, fruto da Geração Y, é a dos nascidos entre 1978 e 1996. Já enfrentaram o recesso econômico. Tiveram de ser mais pragmáticos. O sucesso é guardar dinheiro. São nativos digitais.
Consideram-se da “Geração Z” os que nasceram entre 1997 e 2010. Praticamente 98% têm smartphones e permanecem dez horas online.
O pragmatismo seria uma característica dessa geração, pois teria o pé no chão e vontade de enfrentar trabalho duro. 72% preferem conversar pessoalmente sobre trabalho, 77% acreditam que precisam trabalhar mais duro do que as gerações anteriores, 75% buscam assumir múltiplas funções dentro de uma empresa e não têm receio de procurar outras atividades.
A grande maioria – 70% - assiste mais de duas horas de vídeos no youtube a cada dia e 80% se estressam quando longe de seus aparelhos eletrônicos. São aqueles que têm a “síndrome da abstinência”. Praticamente metade deles se confessa dependente do smartphone.  
Quase 70% se animam com o trabalho remoto, o “home office” ou o teletrabalho. Enfim, é gente muito diferente das antigas gerações. Não se interessam por jornal físico, nem pela TV aberta. Estão abertos às profundas mutações da Quarta Revolução Industrial, não se assustam com a Inteligência Artificial, com a robótica, com a nanotecnologia, aceitam as alterações neurobiológicas que vão construir um novo ser humano.
Há quem se assuste, falando em pós-humanismo, trans-humanismo, fuga acelerada rumo ao caos. Mas quem é que consegue segurar a tempestade com a palma das mãos? Quem é que enfrenta tsunami com uma raquete de tênis?
É preciso ter presente que nesta era a única certeza é a incerteza e que o inesperado está à nossa espera.
Virão outras gerações. Mas talvez o alfabeto já não seja suficiente para denomina-las. Começaremos de novo, com o A-1, A-2, A-3, até vencer de novo a relação de nossos sinais gráficos?

A cruz e o chicote

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Esse é o título de um dos capítulos mais impressionantes do livro de Laurentino Gomes sobre Escravidão (Ed. Globo livros, vol. I), recém lançado  e já entre os mais vendidos. Todas as suas mais de 400 páginas contêm dados e relatos interessantes sobre a escravidão, essa mancha negra na história do Brasil com reflexos ainda hoje na vida dos negros em nosso país. Da vida, do sofrimento, da revolta que desperta sua simples leitura séculos depois da abolição decretada oficialmente em 1888, mas que na prática persistiu  por longo período.
Do leilão de escravos ao tratamento violento a que eram submetidos os infelizes cativos, o autor nos relata uma  dolorosa e desumana realidade que causa vergonha e uma certa revolta a todos nós, ainda hoje, por mais que tentemos explicar e justificar esses fatos. Autoridades eclesiásticas da Igreja Católica, então envolvidas no tráfico e utilização do trabalho escravo chegam a nos  causar uma estranha sensação de descrença nos ensinamentos cristãos, ainda hoje, passados alguns séculos dessa vergonhosa página de nossa história e do envolvimento dela por papas, bispos, autoridades religiosas e cristãos em geral. Um exemplo: o padre Antonio Vieira que tem lugar de estaque na história da Igreja, sustentava que aos escravos cabia não apenas aceitar o sofrimento do cativeiro, "mas se alegrar com a inestimável oportunidade que tinham de imitar os sofrimentos de Jesus no calvário". São palavras suas transcritas no livro, pelo seu autor: "Bem aventurados vós que soubéreis conhecer a fortuna de vosso estado, e com a conformidade e imitação de tão alta e divina semelhança, aproveitar e santificar o trabalho. Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante a que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em  toda a sua paixão". Lembra o autor que a Igreja reconhecia o casamento de cativos e defendia a proteção da família, mas isso nunca impediu que maridos e esposas, pais e filhos fossem separados nas transações do comércio de escravos.
E havia "uma moral cristã" da escravidão, como constava de diversos livros e ensaios quase todos de jesuítas contribuindo para a organização e disciplina dessa "moral". E ainda falavam dirigentes cristãos, padres e mesmo bispos, que em vez de condenar a escravidão ainda criaram um projeto escravista dos religiosos, ou seja, ajudaram a construir a base ideológica do regime escravagista no Novo Mundo.
Um certo autor italiano Jorge Benci exerceu importantes funções com jesuítas na Bahia e foi considerado entre o ideólogos principais do regime de escravidão. Esse autor e colaborador dos jesuítas, sem nenhum pudor sustentava que "um dos efeitos do pecado original  de nossos primeiros pais Adão e Eva foi abrir as portas para a entrada do cativeiro entre nós",  como se a maldade extrema dos escravagistas tivesse origem na doutrina da Igreja (pág. 341). Lembra Laurentino Gomes que "o envolvimento da Igreja com a escravidão era antigo e bem anterior ao tráfico de africanos para a América".
Uma bula papal de 8 de janeiro de 1455, "carta régia do imperialismo português" autorizava o  príncipe dom Henrique, o Navegador, a escravizar não apenas os muçulmanos, mas todos os pagãos entre o Marrocos e a Índia.
Em 1888, às vésperas da assinatura da Lei Áurea brasileira, o papa Leão XIII condenou a Igreja de forma inequívoca por sua adesão ao escravismo.
Para encerrar estas breves anotações sobre a escravidão e a participação de Igreja católica, extraídas do livro de Laurentino Gomes "Escravidão", destaco os versos de um concurso de poesia  de 1552 de autoria de um traficante de escravos considerado vencedor: "Com fazenda de lei de Graça e vida/Divino Xavier, a este contrato/Vos manda e avisa que vendais barato/A responder no céu qualquer partida" (pág. 147).

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É caótico… A cidade ficou pequena para tão grande número de carros que circulam por ela.
Há muito tempo amigos me pedem para escrever sobre esse assunto. Mas na verdade, sobre a modificação que o setor do trânsito da Prefeitura poderia fazer para melhorar nosso acesso as ruas da cidade.
Assim, eu, uma motorista e batateira, fui observando algumas mudanças que auxiliariam nossa locomoção.
Na administração anterior, foram realizados dois encontros no auditório do Colégio São José, convidando motoristas, comerciantes e moradores para darem opiniões de como facilitar o trânsito.
Bom, não levaram nada em conta. Uma que moradores próximos pediram, era que a pequena Rua São Bernardo tivesse duas mãos, e proibindo estacionamento na mesma. Lembro que os donos dos dois estacionamentos foram contra. Infelizmente eles não pararam para pensar que isso só iria aumentar o negócio deles.  Facilitaria muito, uma vez que os pais veem trazer e pegar seus filhos na Escola São José.
A rua Santa Filomena, com a mão começando na Rua Rio Branco também facilitou muito para poder pegar a Av. Prestes Maia no sentido bairros.
Mas para quem vem da Rua Jurubatuba pegando a Prestes Maia, o retorno para a Santa Filomena, faz parar todo o trânsito. Um farol trifásico não resolveria?
E a entrada para a Rua dos Vianas? Alguns metros contramão, nos fazendo dar uma grande volta para ir até o Sacolão.
Quanto à Rua Vergueiro, a administração passada pegou feio... Quem foi o engenheiro que bolou tudo isso? Uma estrada de grande movimento de repente fica com uma mão só... E até hoje não podemos entender... Pontos de ônibus em que eles não têm portas no lugar do ponto... Nem para implodir isso dá, pois é tudo na horizontal. Tem que quebrar na marreta. Tento sempre pegar outra rota, mas nem sempre dá... E aí é que você presta atenção as notícias do rádio para se distrair, pois celular em trânsito, nunca.
Antigamente podíamos pegar a Rua Frei Gastar em seu início entrando ao lado do Posto de Gasolina. Agora temos que fazer o retorno na estrada que segue para Alvarenga, sob o viaduto. Porque não facilitar?
Bom, as obras do piscinão terminaram e foi uma alegria para os moradores e comerciantes, depois de anos de sofrimento, verem o fim das enchentes. Lojas foram reformadas embelezando a Jurubatuba. O que continua afogando a cidade é a rodoviária na entrada da Cidade. Quando a primeira foi demolida para que a reconstruissem, ouve um concurso, acho que do setor de Cultura da Prefeitura, pedindo que os munícipes falassem sobre o tema. Bom, eu fui contra e falei do porquê. Que ela estaria enfeando e obstruindo a entrada da cidade. Que nós tínhamos muitos terrenos obsoletos onde ela poderia ser construída. Quem ganhou o concurso foi um casal que escreveu uma história sobre um cão (se não me engano) que não tinha nada com o objetivo do concurso.
Acho importante que o Setor de Trânsito, aliás, todos os senhores Secretários da cidade, ouvissem o povo, que é quem circula e percebe as falhas. Lembro que o Prefeito Lauro Gomes, em época que o gravador funcionava com pilhas, cada dia em que ia para a prefeitura, fazia uma rota diferente. E ia gravando o que achava errado na cidade. Lá chegando entregava para a secretária Rita Zincaglia (assim ela me contou) e que ela distribuísse as mensagens para os setores competentes. Assim os problemas da cidade eram resolvidos.
Bom, se fizermos uma pesquisa muitas mais observações aparecerão.
Quem sabe isso aqui pode ser estudado?
Um abraço, Didi

25 de Janeiro de 2020

Amor à Santo André

Chama atenção de quem circula pelas ruas do bairro Jardim Bela Vista, em especial pela Praça Kennedy, em Santo André, um senhor que, munido de mochila nas costas, alguns sacos plásticos nas mãos e um pegador de papéis, limpa, recolhe e zela pelo pedaço. Ele nasceu e foi criado em Santo André, estudou, trabalhou por anos e agora, aposentado se tornou um voluntário da natureza, por gratidão, por ter realizado muitas conquistas na cidade. Agora, ele passa a maior parte de seu dia, inclusive finais de semana, limpando a praça, recolhendo papéis de bala, palitos de sorvetes, restos de cigarros, copos plásticos e tudo o que encontra jogado no local e proximidades. O carinho é tão grande pela Escola Galeão Carvalhal, que nos finais de semana, varre todas as calçadas em torno da escola.  Ele fala pouco e não gosta de aparecer. Por esse motivo, não podemos citar seu nome e endereço. Mas, ele é conhecido no pedaço. Gratidão, o que têm.

 

Papel

Férias e a garotada aproveitando os parques, só que melhor as mães levarem, na mochila, um rolo de papel higiênico. Alguns parques não tem papel nos banheiros. O Parque Central, em Santo André, é um deles.

 

Entediados

O papo em uma academia foi o seguinte: alguns moçoilos convidam os colegas a fazerem parte da tribo “casados e entediados”, novo grupo nas redes sociais. Pode?

 

Ponto de encontro

No início da gestão do prefeito Orlando Morando, São Bernardo, foi preciso muito trabalho e pulso firme para por em ordem a bela Praça Lauro Gomes, no Centro da cidade. Por lá, um chefão sublocava espaço da praça para camelôs que comercializavam de tudo, desde queijos, garrafadas, roupas, acessórios e utensílios domésticos. Também era ponto de encontro de desempregados e desocupados que ficavam no local na espreita para encontros amorosos. Tudo foi transformado. Agora, a praça está limpa, sem camelôs, ganhou uma base da guarda municipal, porém, os bancos ainda são ocupados por desocupados que fazem ponto por lá. Se já é difícil afugentar os inúmeros desocupados no pedaço, imagina com a construção de uma nova praça nas imediações, nas esquinas da Av. Faria Lima com a rua Américo Brasiliense. Não é muita praça em um único pedaço e em local de difícil acesso para pedestres, por se tratar de rua estreita com corredor de trólebus, sem estacionamento e de difícil acesso para mães com crianças? Só esperar.

 

 Ponto de Vidro

O Centro de Santo André vem ganhando novos pontos de ônibus. Agora, são modernos e todos em vidro. Só que, segundo um usuário, não cobre e nem protege da chuva e do sol.

 

Assinaturas

Em Santo André, corre na Av. Atlântica, travessas e imediações, um abaixo-assinado se manifestando contra a construção de pista de skate no local. Moradores e comerciantes temem que o espaço seja transformado em ponto consumo de drogas, parada de moradores de rua e que a vinda de camelôs atrapalhe os comércios locais. Também serão sacrificadas várias árvores centenárias.

 

Regredindo

É rotineiro ouvir de agentes do Correios, da loja Faria Lima, no Centro de São Bernardo, a resposta, ao tentar despachar um sedex 10 para o bairro Vila Olímpia, na Capital: “este bairro não tem serviço de entrega de Sedex 10”. Como pode, uma região extremamente comercial, com escritórios de várias empresas e de multinacionais?

O ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, embarca para Madri, na Espanha, onde receberá o prêmio Atocha 2020, em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A premiação foi concedida pela confederação sindical Comissões Operárias.

Marinho também irá à Barcelona, encontrar-se com a prefeita Ada Colau para conhecer experiências nas áreas de destinação de resíduos e desenvolvimento econômico.

O Shopping Praça da Moça, na quinta (30), estreia seu palco com clássicos do Rock’n’Roll do rei Elvis Presley em um tributo estrelado por Dalizio Moura, reconhecido pela Elvis Presley Enterprises, Inc. EPE como cover oficial do artista.

O show garante sucessos como “Always On My Mind”, “Love Me Tender”, “Suspicious Minds” e “Can´t Help Falling in Love”.

A programação faz parte da continuidade do projeto Show no Praça, que devido seu sucesso ano passado foi ampliado e trará diversas apresentações este ano, entre elas peças teatrais infantis todo último domingo do mês.

“O Show no Praça foi um projeto especial de 10 anos do empreendimento e que o público adorou. Decidimos trazer novamente este ano como Palco no Praça, pois além dos shows teremos apresentações teatrais infantis e outras atrações no decorrer do ano”, comenta Daniel Lima, gerente de marketing do shopping. A atração é gratuita e acontece na Praça de Alimentação às 19h30.

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