A BASF irá lançar no Brasil 20 variedades de sementes, com no-vidades em algodão, arroz e soja. Os lançamentos visam ampliar a participação da companhia no segmento de sementes e traits, que, faturou € 1,5 bilhão em 2020, 3% a mais que em 2019.

O segmento de sementes junto com a área de biotecnologia, já representa 20% do resultado da divisão de soluções para agricultura no mundo. A BASF vem ampliando significantemente suas apostas em sementes e investe cerca de € 900 milhões por ano no segmento.

Em fevereiro deste ano, a companhia lançou no mercado brasileiro, 12 variedades de sementes de soja, com a tecnologia Intacta2 Xtend para o controle de lagartas e plantas daninhas, a genética mais diferenciada desenvolvida pela Basf. Por meio da qual, os agricultores vão poder escolher as variedades que mais se adaptam às características de cultivo das regiões em que produzem. Outro lançamento foi o primeiro híbrido de arroz, da marca Lidero, que eleva em 20% o rendimento nas lavouras.

Para crescer no segmento de sementes, a companhia tem investido pesado em pesquisa e inovação. Em 2020, destinou € 7,6 milhões em infraestrutura e equipamentos de seu centro de pesquisas global, localizado em Santo Antônio de Posse (SP). “Nosso foco está na qualidade, logística e customização dos tratamentos de sementes de acordo com as necessidades dos agricultores”, afirma Hugo Borsari, diretor de Sementes da BASF para América Latina.

Além disso, com o objetivo de ficar mais próxima dos compradores em áreas estratégicas de comercialização de sementes, inaugurou três centros de distribuição, dois no Mato Grosso e um no Paraná.

São Bernardo - No segmento da indústria química de Materiais de Performance a BASF adquiriu o negócio de poliamida da Solvay, em 2020. A transação incluiu a fábrica de plásticos de engenharia (poliamidas), no bairro Batistini, em São Bernardo, que possui produção local e laboratório de P&D.

Daniela Manique, presidente da Rhodia Grupo Solvay na América Latina, em entrevista exclusiva à Folha, detalhou o plano de investimento de R$ 1 bilhão no país em produtos e tecnologias sustentá-veis, entre eles o os fios têxteis de poliamida biodegradável e o fio têxtil antiviral e antibacteriano, ambos desenvolvidos na unidade de Santo André.  A executiva pontuou os principais desafios que o grupo enfrentou durante a pandemia e comentou sobre a Rhodia ter sido primeira empresa do setor químico/têxtil do País a conquistar a Certificação Gold de Biodiversidade do WHC. Confira.

Folha do ABC - A Rhodia Grupo Solvay  planeja investimento no Brasil em torno de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. O montante será destinado a quais projetos? A planta de Santo André será contemplada?

Daniela Manique - De acordo com a estratégia de crescimento global do Grupo Solvay, todos os investimentos programados estão diretamente vinculados ao desenvolvimento de produtos, tecnologias e serviços que valorizam a sustentabilidade. Caminhamos cada vez mais para o uso de fontes renováveis e para a economia circular. A atuação da empresa no Brasil nesse sentido tem sido um exemplo. Temos lançado nos últimos anos uma série de produtos e tecnologias que são sustentáveis. Podemos destacar os solventes sustentáveis desenvolvidos em nosso conjunto industrial em Paulínia, as especialidades químicas criadas nas nossas unidades de Itatiba e Taboão da Serra e, especialmente, os fios têxteis de poliamida biodegradável e o fio têxtil antiviral e antibacteriano, ambos desenvolvidos em nossa unidade de Santo André, no ABC paulista.

Folha - Quais foram os principais desafios enfrentados pela indústria química, em especial a Rhodia, na pandemia da Covid-19 e como será o cenário pós-pandemia?

Daniela - Ao longo da pandemia nossa principal preocupação foi garantir a segurança dos nossos funcionários, tendo em vista que a indústria química foi considerada como um setor essencial e portanto autorizada a funcionar sem interrupções nesse período. Ao mesmo tempo, trabalhamos para o atendimento das necessidades dos nossos clientes tanto no Brasil quanto no Exterior, uma vez que parte do que produzimos aqui em nosso país é exportada para vários continentes. Para nossa satisfação, o engajamento dos nossos funcionários continua alto: mesmo com todas as restrições causadas pela pandemia, pudemos nesse período colocar em operação uma nova unidade industrial para a produção de solventes sustentáveis em Paulínia (SP), e desenvolvemos em tempo recorde em Santo André (SP) um novo fio têxtil de poliamida - Amni Virus-Bac OFF - que tem sido um auxiliar tremendamente importante para impedir a disseminação do coronavírus presente em superfícies têxteis. No pós-pandemia, continuaremos a trabalhar para oferecer aos nossos clientes as melhores soluções para suas necessidades, aliás, como temos feito desde que a empresa se instalou no País, há 102 anos.

Folha - A Rhodia foi a primeira empresa do setor químico/têxtil do País a conquistar a Certificação Gold de Biodiversidade do WHC (Wildlife Habitat Council). O que isso representa para empresa?

Daniela - Obter esse certificado é um orgulho para nós. Significa o reconhecimento de práticas históricas e pioneiras adotadas pela Rhodia no Brasil para preservação do meio ambiente e da sustentabilidade, em harmonia com a operação de nosso conjunto industrial de Paulínia, que é um dos maiores complexos químicos da América Latina. Quero destacar que essa conquista segue em linha com a estratégia global de sustentabilidade do Grupo Solvay, que estabeleceu como uma das dez metas do programa de ESG da empresa, denominado Solvay One Planet, de reduzir em 30% a pressão sobre a biodiversidade até 2030. Com certeza, as ações adotadas pela Rhodia qui no Brasil ajudarão a empresa a cumprir esse compromisso dentro do prazo.

A vacinação contra a Covid-19 gerou o hábito, em muitas pessoas, de publicar fotos e selfies com o comprovante de vacinação nas redes sociais.

Porém, essa ação pode ser perigosa do ponto de vista da privacidade dos dados. Criminosos têm se aproveitado destas imagens para aplicar golpes, rea-lizar fraudes com as informações ex-postas ou ainda vendê-las na web.

Segundo dados divulgados pela empresa de segurança digital Kaspersky, a selfie exibindo um documento, caso semelhante ao dos comprovantes de vacina, pode ser comercializada ilegalmente por até US$ 60, ou R$ 297.

Para evitar possíveis transtornos, os usuários das redes sociais devem tomar cautela, segundo o delegado de polícia, Giuliano Rossi de Migueli, do 6º Distrito Policial de São Bernardo. “Os comprovantes de vacinação podem conter, dentre outros dados, nome completo da pessoa vacina-da, data de nascimento, números de RG, CPF e até número de cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS), e, utilizando-se desses dados, os criminosos praticam imensa gama de crimes, como delitos de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e falsificação de documentos particulares, não sendo raros os casos em que golpistas comercializam os dados obtidos no ambiente conhecido como ‘dark web’, que podem ser utilizados para abertura de contas falsas em bancos, realização de compras pela internet, dentre outras fraudes”, explica.

“Sabemos da ousadia e versatilidade dos falsários em confeccionar documentos inidôneos, ou seja: foto de uma pessoa com dados identificadores de outra, com vista à prática dos crimes de estelionatos e outras fraudes, é de extrema importância que, ao fotografar o cartão de vacina para fazer a famosa selfie, o cidadão rasure eletronicamente seus dados pessoais dando o mínimo de informações a quem visualiza a foto no computador ou smartfone”, revela o advogado e titular da Rabinovici Advogados, Gabriel Rabinovici.

O delegado sugere que, ao invés das pessoas postarem fotos contendo o comprovante de vacinação em mãos, peçam para que alguém as fotografe na frente do local onde foram vacinadas, explicando, na legenda  a relevância e a necessidade da vacinação “Desta forma, registra-se a ocasião sem a exposição de dados pessoais, frisando que a utilização de Photoshop ou ferramentas similares que editem os dados pessoais constantes do comprovante, são insuficientes para prevenção do crime, pois a edição pode ser desfeita por hackers”, revela.

Migueli ainda orienta as pessoas que tenham sido vítimas de golpes para registrarem Boletim de Ocorrência (BO), para instauração de inquérito policial para apuração dos fatos e identificação de seus autores.

“A primeira providência é procurar a Delegacia de Polícia para o registro da ocorrência e possibilidade de identificação do autor do delito, para a instauração de inquérito policial, paralelamente se faz necessário a comunicação ao Banco para que se abra uma investigação interna para que a instituição bancária rastreie os valores.”, conta Rabinovici.

O advogado ainda dá dicas para as pessoas se protegerem dos golpistas. “Não subestimem a capacidade e criatividade dos golpistas. Desconfie quando a esmola é demais (velho ditado popular). A dica de ouro é: não tire fotos com seu cartão de vacinação. Se o fizer, cubra todas as informações. O bandido sempre está um passo à frente e não há como prever a sua forma de atuação. Ao primeiro indício de ser alvo de golpistas informe imediatamente à polícia e procure seu advogado”, afirma.

Alunos do primeiro ano do curso de Medicina do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) têm reclamado da falta de carteira, principalmente, para a realização de avaliações. Recentemente, uma aluna teria feito prova no chão da sala de aula, segundo relato da própria estudante, que preferiu não se identificar, por não haver carteiras suficientes para utilização dos alunos. “Tem um professor que nos manda procurar carteiras em outras salas, e com isso, perdemos tempo para a realização do exame”, relata outra estudante de medicina.

O Centro Universitário FMABC informou, por meio de nota, que: “vem retomando as aulas pre-senciais de maneira gradual e segura, fazendo os ajustes estruturais necessários dentro dos protocolos recomendados de saúde, e que a ouvidoria da faculdade não recebeu nenhuma reclamação de ausência de carteiras nas salas de aula por parte dos alunos. Todos estão devidamente acomodados em suas salas”.

Outro problema relatado pelos alunos foi a disputa por vagas para carros. Os jovens relataram que não têm acesso ao estacionamento da faculdade e precisam chegar cedo para obter uma vaga, na rua, ao lado de fora, o que acaba gerando disputas pelas mesmas. Sobre isso, a FMABC disse que “o prédio também está recebendo obras e melhorias em sua estrutura, como a abertura de novas salas de aula modernas e equipadas, programadas para o início de 2022. Essas obras acabaram reduzindo momentaneamente o número de vagas no estacionamento. O retorno às aulas está sendo conduzido de maneira satisfatória e é monitorado por uma comissão designada pelo reitor para garantir que não haja nenhum prejuízo para os alunos”.