O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, será o novo ministro da Justiça. Lewandowski, que aceitou o convite do presidente Lula (PT), havia se reunido com Lula e Flávio Dino, na quarta (10). Ele substituirá Flávio Dino, que assumirá uma cadeira no Supremo, em fevereiro.

O ex-ministro do STF se aposentou em abril de 2023, após 75 anos de atuação. O nome de Lewandowski para o Ministério da Justiça já vinha sendo cotado nas últimas semanas, junto ao de Ricardo Cappelli (secretário-executivo do Ministério da Justiça), e o de Jorge Messias (advogado-geral da União), porém, o ex-ministro do STF era o nome favorito de Lula para o ministério.

Nesta quinta (11), Lula realizou o anúncio de Lewandowsk para o Ministério, após reunião com ele e Flávio Dino. “É um dia feliz porque estou diante de um companheiro que está prestando serviço extraordinário para a justiça brasileira, e que será o novo ministro do STF, a partir de fevereiro. Feliz, porque também estou ao lado de um extraordinário ex-ministro da Suprema Corte, que deixou vazia uma cadeira vazia que será ocupada pelo Flávio Dino. Ganha o Ministério da Justiça, ganha a Suprema Corte e ganha o povo brasileiro com essa dupla, cada um com a sua função”, disse o presidente.

Segundo Lula, Flávio Dino irá tomar posse no STF apenas em 22 de fevereiro. Já Lewandowski será decretado oficialmente ministro no dia 19 de janeiro e tomará posse apenas no dia 1º fevereiro, devido a outros compromissos privados assumidos. Até lá, de acordo com Lula, ele terá tempo para montar sua equipe. Dino também responderá como ministro da Justiça até o dia 19 de janeiro.

Na ocasião, Lula revelou que esse anúncio das modificações “coroa” o seu primeiro ano de mandato e ainda relembrou que conheceu Lewandowski em 1983, em um “momento extraordinário”, quando o ex-ministro do STF tinha 28 anos de idade e trabalhava na Prefeitura de São Bernardo, na gestão do prefeito Aron Galante.

O presidente também se disse “muito feliz”, pois ao relembrar que a diretora geral FMI, no início do ano passado, havia lhe dito que o Brasil estava em uma “situação difícil” e que não cresceria mais do 0,8% em 2023, e ele havia respondido a ela que o País iria crescer mais “do que a senhora está dizendo e cresceu”. Lula completou: “pesquisa não é verdade absoluta, existe para fazermos mudanças de rumo. Estou convencido que teremos um ano primoroso, em 2024, a economia vai crescer mais do que os especialistas estão dizendo”.