14 May 2024

Pelos próximos três meses, 90 toneladas de gás liquefeito de petróleo, conhecido como GLP, serão doadas pela Braskem para abastecer dois hospitais de campanha construídos na cidade de São Paulo para o enfrentamento do novo coronavírus, um no centro de eventos do Anhembi, na zona norte, e outro no Complexo Ginásio do Ibirapuera, na zona sul.

Cada hospital de campanha receberá a doação de 15 toneladas de GLP por mês. No Anhembi, que abriga 1,8 mil leitos preparados pela Prefeitura de São Paulo, o gás será suficiente para a preparação de até 2.500 refeições diárias para médicos, enfermeiros, pacientes e demais profissionais essenciais para a operação do hospital. No Complexo Ginásio do Ibirapuera, que conta com mais de 240 leitos disponibilizados pelo Governo do Estado, além de ser utilizado para o preparo das refeições, o gás também irá contribuir no aquecimento de chuveiros e no funcionamento das lavanderias.

Segundo a Braskem, com boa parte da população da Grande São Paulo em casa por conta do distanciamento social, o consumo de GLP na região aumentou nas últimas semanas provocando maior necessidade de abastecimento do produto no mercado. "A luta contra a covid-19 é responsabilidade de todos nós e estamos mobilizando toda a nossa cadeia de valor, buscando parcerias que possam salvar vidas e conter o avanço desse vírus. O propósito da Braskem sempre foi melhorar a vida das pessoas e não será diferente neste momento", afirma Isabel Figueiredo, vice-presidente de Vinílicos e Especialidades da Braskem, que inclui o negócio de Combustíveis. O gás GLP doado é produzido e fornecido pela própria Braskem e o valor estimado desta ação é de cerca de R$ 240 mil.

A distribuição do GLP teve início na última semana de abril, sendo viabilizada por meio da parceria entre a Braskem e a Ultragaz, líder na distribuição de GLP, que fará o transporte do combustível produzido pela petroquímica aos hospitais. A Ultragaz também será responsável pelos investimentos necessários para adequar a estrutura dos hospitais de campanha para utilização do combustível.

Segundo, Aurélio Ferreira, diretor de desenvolvimento da Ultragaz, "além das diversas ações que a Ultragaz vem desenvolvendo em favor da comunidade neste momento crítico para a sociedade brasileira, como a distribuição de cestas básicas, de sabão em pedra, máscaras e insumos, essa parceria com a Braskem vem demonstrar que o esforço comum é um dos mais eficientes caminhos para fazer frente a esta pandemia. Estamos orgulhosos de, mais uma vez, contribuir em favor da comunidade e especialmente dos profissionais de saúde neste esforço".

As receitas e despesas da Secretaria de Saúde de São Caetano foram detalhadas na audiência pública para a prestação de contas do 1º quadrimestre de 2020, realizada na Câmara – vereadores e moradores puderam participar por meio de transmissão ao vivo no Facebook. O ato foi marcado pela transparência do setor e por explicações minuciosas sobre as ações de combate ao coronavírus.

O detalhamento de investimentos, programas de testagem e outras ações de enfrentamento à pandemia foi conduzido pela secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone. De janeiro a abril, foram aplicados R$ 114,1 milhões no setor, o equivalente a 29,4% da arrecadação da Prefeitura no período (R$ 387,9 milhões).

Em quase 3 horas de explanação, Regina Maura apresentou valores e números de cada ação da pasta: planilhas de receita e despesa, produções hospitalar e ambulatorial, e, especialmente, as ações de combate à covid-19, como a duplicação do número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva - de 40 para 80), compra de respiradores e o funcionamento do Hospital de Campanha – a Prefeitura já colocou em prática mais de 100 iniciativas contra a pandemia.

“São ações importantíssimas para a nossa estratégia de combate ao coronavírus. E que, somadas à estrutura eficiente de atendimento que já tínhamos antes da pandemia, têm sido fundamentais para salvar vidas”, ressaltou a secretária. “Considerando os critérios utilizados pelo Estado no Plano São Paulo, estamos aptos à retomada gradual de atividades.”

A atuação da Secretaria de Saúde foi elogiada pelos participantes da audiência pública. “Infelizmente a pandemia chegou. Mas, graças a uma gestão séria e competente, com investimentos corretos e seguindo a ciência, e a uma estrutura de atendimento que já era referencial, São Caetano consegue dar exemplo de combate ao coronavírus ao Brasil e, principalmente, salvar vidas”, considerou o presidente da Câmara, Pio Mielo.

Regina Maura lembrou que transparência dos custos de ações de combate à covid-19 no município foi elogiada pelo Tribunal de Contas do Estado – todos os investimentos com contratos emergenciais são auditados e estão disponibilizados no Portal da Transparência, em aba separada das demais despesas da pasta.

Com as atividades presenciais suspensas por conta da pandemia de Covid-19, a Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo André, passou a disponibilizar em seu site diversas atividades como jogos, videoaulas, experimentos, curiosidades e conceitos de astronomia.

As atrações, que integram o programa Sabina em Casa, podem ser acessadas no endereço sabina.santoandre.sp.gov.br. A ideia é que seja possível aproveitar virtualmente o espaço e vivenciar alguns experimentos, de forma simples e no conforto de casa.

“Considerando todos os desafios que estamos enfrentando em nosso dia a dia em decorrência da pandemia e buscando garantir que o público permaneça tendo contato com a Sabina mesmo em isolamento, desenvolvemos o Sabina em Casa, que visa aproximar as pessoas de algumas atrações que oferecemos na visita presencial, de uma maneira versátil, divertida e segura”, explicou a coordenadora da Sabina, Ana Paula Rezende Leão.

As atividades são elaboradas pelo grupo de educadores da Sabina, em consonância com as diretrizes da equipe de coordenação técnico-pedagógica do espaço e também com a proposta curricular da cidade. As atrações estão dispostas no site por idade (0 a 5 anos, 6 a 10 anos e Jovens e Adultos).

“A proposta do Sabina em Casa foi pensada para alunos e professores da rede municipal de Santo André, que têm a Sabina como uma extensão da escola, como um laboratório de ciências. Mas as atrações são muito interessantes e divertidas para todos os públicos”, acrescentou Ana Paula Rezende Leão.

Todo o conteúdo da Sabina que os visitantes podiam acompanhar presencialmente antes da pandemia está sendo adaptado para ser ofertado por meio de videoaulas, jogos e vários outros recursos que as ferramentas tecnológicas oferecem. Novas atividades são postadas a cada semana.

Astronomia – Quem se interessa por astronomia vai se divertir com as atividades do Planetário dentro do programa Sabina em Casa, a maioria disponível no formato de videoaula. São disponibilizadas aulas de astronomia online aos alunos da rede municipal de ensino e também para quem mais se interessar, considerando recomendações da BNCC (Base Nacional Comum Curricular, no caso do Ensino Fundamental), bem como conteúdos solicitados na OBAA (Olimpíada Brasileira de Astronáutica e Astronomia), e também os assuntos abordados no curso Cientista Mirim, que tem a astrobiologia para crianças como temática.

Além disso, os estudantes poderão participar de oficinas Astrokids, onde as crianças terão a oportunidade de fazer experimentos, e de atividades astrolúdicas, nas quais são trabalhadas curiosidades sobre astronomia e dicas sobre como realizar a observação do céu.

Todo o conteúdo digital da Sabina Escola Parque também está disponível na plataforma Educação em Casa, que foi criada para atender aos alunos da rede municipal de Santo André com atividades educacionais remotas, no site http://educacao.santoandre.sp.gov.br/

Para humanizar o atendimento e aproximar moradores acometidos pela Covid-19 internados de seus familiares, a Prefeitura de São Bernardo mantém projeto de ‘visitas virtuais’ por meio de chamadas de vídeo. A ação, que é uma forma de pacientes com Coronavírus – que não podem receber visitas físicas devido ao risco de contaminação – conversarem com os parentes e tranquilizá-los a respeito de seu estado de saúde todos os dias, já ocorre no Hospital de Clínicas e chega, agora, ao recém-inaugurado Hospital de Urgência (HU).

As chamadas de vídeo são realizadas diariamente pelas equipes de assistência social dos hospitais com todos os pacientes internados que manifestam interesse. O momento de conversa com a família ocorre após os parentes receberem a atualização do estado de saúde dos doentes, que é feita pelos médicos via telefone. O próximo equipamento municipal a receber o serviço será o Novo Hospital Anchieta, que assim como o HU, atende exclusivamente doentes contaminados pela Covid-19.

Internada na enfermaria do HU há uma semana, a paciente Maria Aparecida da Silva se emocionou muito durante a oportunidade de conversar com o único filho, Alex, durante a ‘visita virtual’. Aproveitou o momento para dizer que está se recuperando bem da Covid-19 e que está com saudade dos familiares. Outro paciente que contou com ajuda da tecnologia para rever a família foi o morador da Vila São Pedro Josias Pereira da Silva, que está internado há oito dias na unidade de Saúde. “Estou sendo cuidado por anjos aqui”, destacou, em elogio ao atendimento realizado.

 “A construção do Hospital de Urgência era uma prioridade desde o início da gestão e, com a chegada da pandemia, não tivemos dúvida em antecipar sua abertura com uma configuração totalmente voltada ao atendimento de pacientes acometidos pelo Coronavírus. Nosso objetivo é oferecer não só assistência de qualidade, mas humanizada à nossa população”, ressalta o prefeito Orlando Morando.

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A licenciatura para o Magistério passa a exigir quatro anos de curso e não mais três, como até agora. Foi uma decisão do Conselho Nacional de Educação, que ainda definiu que o curso deverá ser conectado à BNCC, a Base Nacional Comum Curricular.
Hoje, a maior parte dos professores cursa EAD – Ensino à Distância. O que não é ruim, se o estudante dispuser do ingrediente sem o qual nunca será um docente: a vocação.
Antigamente, o Curso Normal preparava para o Magistério e os professores eram pessoas das quais o aluno não se esquecia jamais. O declínio dos valores, a vulgarização dos costumes, a falta de polidez e certa negligência em boa parte dos lares fez com que o professor se tornasse um ser pouco respeitado.
Sem bons professores, não há futuro. O prestígio também decorre de uma remuneração adequada. Mas não é apenas o salário que dignifica o mestre. É o respeito, é o carinho, é a amizade dos alunos e de suas famílias.
O 15 de outubro, em outros tempos, era uma data memorável. Os alunos costumavam levar uma lembrança para a professora. Uma maçã, uma flor, um livro. Qualquer gesto significativo da afeição e da gratidão era bem aceito. Até na Faculdade, havia uma disputa para a escolha de quem saudaria cada professor nesse dia. Hoje as coisas são um pouco diferentes.
Chico Alencar, que escreveu “Educar na esperança em tempos de desencanto”, Ed.Vozes, diz que o Dia do Professor começou a ser comemorado no Brasil em homenagem a Santa Teresa D’Ávila, Doutora da Igreja. Só se tornou oficial em 1963, com decreto de João Goulart (1918-1976). Educar é descentrar, humanizar, ensinar a olhar para fora, para o mundo e para dentro de si mesmo. “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende”, disse Guimarães Rosa (1908-1967).
A grande Gabriela Mistral (1889-1957), chilena que é prêmio Nobel de Literatura de 1945, elaborou o decálogo do professor, que seria interessante todos os alunos soubessem: 1. Ama. Se não podes amar muito, não ensine às crianças; 2. Simplifica. Saber simplificar sem tirar a essência. 3. Repete. Repete como a natureza repete as espécies, até alcançar a perfeição. 4. Ensina com a intenção da beleza, porque a beleza é mãe. 5. Professor, seja fervoroso. Para acender lâmpadas, basta levar fogo no coração. 6. Vivifica a tua classe. Cada lição tem que ser vivida como um ser. 7. Lembra-te de que o teu ofício não é mercadoria, senão um ofício divino. 8. Lembra-te. Para dar há que ter muito. 9. Antes de ditar a sua lição cotidiana, olha o seu coração e veja se está puro. 10. Pensa que Deus começou a criar o mundo de manhã.
Hoje, o conceito de educação, direito de todos e dever do Estado, da família e da sociedade, é bastante amplo. Todos aprendem e ensinam ao mesmo tempo. Ensina-se até mesmo pelo exemplo. De como se deve ser e de como não se deve ser. Mas existe um profissional que foi vocacionado a transformar as pessoas mediante o exercício amorável do magistério. É esse que devemos respeitar, resgatar seu prestígio e homenagear. Independentemente de que seja o “Dia do Professor”, celebrado a cada 15 de outubro.

Velho ou idoso

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Velho e Idoso são palavras sinônimas, ou seja querem dizer a mesma coisa. Nem sempre, porém, uma delas usada em lugar da outra terá a mesma força. O escritor norte-americano Ernest Hemingway escreveu o livro “O Velho e o Mar;” se tivesse escrito “O Idoso e o Mar”, certamente não teria a mesma força até mesmo poética, embora com o mesmo sentido que essas palavras têm. Leio agora crônica do jornalista francês Gilles Lapouge no jornal “O Estado de S. Paulo” (26/05/2020) com o titulo “Valor dos Idosos”.  Se fosse “Valor dos Velhos” teria o mesmo sentido, mas nem sempre uma palavra sinônimo de outra pode ser usada com igual força de expressão numa mesma frase.
Lapouge lembra que os sociólogos dividem os humanos em quatro grandes grupos segundo a idade: os mais velhos (nascidos entre 1944 e 1964) que viveram um período de prosperidade excepcional, um mundo em paz, chamado na França “os 30 anos gloriosos”. Em seguida, diz ele, vem a geração X dos que nasceram entre os anos 1966 e 1976 (alguns autores propõem outras datas entre 1961 e 1981 da geração que presenciou a queda do Muro de Berlim, o fim da guerra fria com as ilusões embriagadoras de um mundo apaziguado). Mas também chegou o período da AIDS e do pesadelo do emprego precário. Temos depois, a geração Y dos nascidos entre 1984 e 1986 que sofrem com o desemprego e o inicio da globalização. Finalmente os que nasceram entre 1996 e 2015 formam a geração Z, os chamados “zoomers”.  
O aquecimento climático é uma probabilidade que semeia o terror entre os jovens. O tempo da despreocupação e da felicidade acabou. E para completar, a ascensão dos populismos e a fadiga de ideia democrática, segundo Lapouge.
“Chega, então um inimigo invisível, o coronavírus que em poucos meses encheu os cemitérios com preferência pela carne murcha dos velhos. Estes não têm um grande poder de fogo. Nos asilos não dizem nada e se contentam em morrer”.  A França (Lapouge é francês), juntamente com outros países da Europa e também a China administram com brio esse problema ao entendimento de que não adianta cuidar dos velhos. Mas é importante reativar a economia, pelo que, naturalmente, deve ser dirigida a maior atenção dos governos, sem eles, os velhos, estarão sempre prontos para morrer.  Os países, inclusive França e Estados Unidos, perdem seus velhos, deixando-os à sua sorte porque são frágeis, sem utilidade. Será necessária maior demonstração de desvalorização da vida dos que já foram úteis, mas agora tidos como imprestáveis, verdadeiros intrusos num mundo que lhes nega espaço para poderem viver ainda um pouco e, se possível, bem com a atenção mínima, pelo menos, dos que lhes sejam mais próximos.


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